Poeta Augusto de Campos ganha prêmio no Chile

  • Por Efe
  • 23/06/2015 17h07

Augusto de Campos

Divulgação/Fernando Laszlo Augusto de Campos

O poeta brasileiro Augusto de Campos recebeu nesta terça-feira o Prêmio Ibero-americano de Poesia Pablo Neruda, oferecido pelo Conselho Nacional de Cultura e Artes do Chile a um autor de reconhecida trajetória no mundo da poesia.

A premiação foi criada em 2004, em homenagem ao centenário de nascimento do poeta, conta com o patrocínio da Fundação Pablo Neruda e dá ao vencedor US$ 60 mil (cerca de R$ 185 mil).

“É a primeira vez que um poeta brasileiro recebe esta homenagem. O júri avaliou e reconheceu a contribuição que ele tem para todo nosso continente”, afirmou o ministro de Cultura chileno, Ernesto Ottone, que presidiu o júri.

O júri era integrado também pela uruguaia Silvia Guerra, o colombiano Juan Manuel Rocha e os chilenos Óscar Hahn e Carmen Berenguer.

“Estamos felizes porque é um poeta que durante mais de 60 anos trabalhou para abrir campos em outras linguagens e disciplinas artísticas”, destacou o ministro.

Augusto de Campos, que recebeu a notícia através de uma ligação do ministro, afirmou que se sentia muito honrado por ter sua obra lembrada.

“Agradeço muitíssimo por tudo o que Chile representa para o Brasil e para a experiência literária”, afirmou.

Campos, de 84 anos, é escritor, ensaísta e tradutor. É conhecido por ser um dos fundadores do movimento “Poesia Concreta” e o “Concretismo” ao lado do seu irmão Haroldo de Campos, que faleceu em 2003, e seu amigo Décio Pignatari, falecido em 2012.

Em 1951, o poeta publicou seu primeiro livro, “O Rei Menos o Reino”, enquanto estudava Direito na Universidade de São Paulo (USP). Posteriormente lançou “Poetamenos” (1953), Popcretos (1964) e Poemóbiles (1974), entre outros, nos quais destacou sua particular aposta visual e estética.

Os cubanos Reina María Rodríguez (2014) e José Kozer (2013), o chileno Nicanor Parra (2012) – irmão da compositora Violeta Parra -, o mexicano José Emilio Pacheco (2004) e o argentino Juan Gelman (2005) foram alguns dos nomes já agraciados com a premiação. EFE

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