Primeira noite de desfiles no RJ teve atraso, chuva e muita empolgação
Domingo (3) foi o primeiro dia de desfiles no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. A festa começou com 45 minutos de atraso na avenida por causa da chuva, que deixou diversos pontos em estado de atenção no Rio.
Apesar do imprevisto inicial, todos os desfiles seguiram sem maiores problemas e nenhuma escola estourou o tempo máximo de 75 minutos na avenida.
A Império Serrano foi a primeira a desfilar, às 22h, com o samba enredo “O que é, o que é?”, inspirado na música de Gonzaguinha. A atriz Quitéria Chagas foi a rainha de bateria, que veio toda camuflada com estampas militares, ressaltando que a vida também pode ser guerra.
Já a Viradouro voltou ao Grupo Especial com tudo, após três anos de fora da elite do carnaval. O enredo “ViraViradouro” levou seres encantados e muita magia para a Sapucaí. Em 75 minutos cravados de desfile, foram diversos os personagens que atiçaram a imaginação do público: Motoqueiro Fantasma, Jack Sparrow, Alice e Rainha de Copas foram alguns deles.
Por volta das 00h30, a Grande Rio começou o seu desfile apontando que “Quem nunca? Que atire a primeira pedra”. A rainha de bateria Juliana Paes roubou as atenções, enquanto o cortejo fez o público refletir sobre a falta de educação presente diariamente em atitudes corriqueiras.
Em seguida, foi a vez do Salgueiro exaltar Xangô com seu enredo homônimo. A escola busca o décimo título em 2019 e levou Eri Johnson na comissão de frente, Aílton Graça como um Papa e a rainha de bateria Viviane Araújo representando Iansã, uma das esposas de Xangô.
Já a atual campeã do carnaval carioca, a Beija-Flor de Nilópolis celebrou os seus 70 anos de história fazendo um paralelo com as fábulas de Esopo. Desfilando pela escola desde 1984, Claudia Raia foi um dos grandes destaques no desfile.
Em 73 minutos de avenida, a Imperatriz Leopoldinense foi a penúltima escola a entrar na Sapucaí para contar a origem do dinheiro. O enredo “Me dá um dinheiro aí” remontou desde os primeiros tempos da moeda até o futuro com as bitcoins. Moacyr Franco, intérprete da música que dá nome ao enredo, foi um dos destaques da escola.
Com o dia já raiando, a Unidos da Tijuca entrou na avenida às 6h para explicar a simbologia do pão. A última escola a desfilar no primeiro dia de Marquês de Sapucaí não perdeu a empolgação durante a cantoria do enredo “Cada macaco no seu galho. Ó meu pai, me dê o pão que eu não morro de fome!”. Para a Tijuca, contar a história do pão é uma forma de contar a história da própria humanidade.
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