Os cineastas Josias Teófilo e Newton Cannito lançaram um manifesto intitulado “Manifesto pela Liberdade de Criação Artística”, no qual criticam o que chamam de influência da ideologia “woke” no setor audiovisual brasileiro. O termo “woke”, de origem inglesa e que significa “despertado”, é usado pelos autores para se referir ao que consideram ser o radicalismo de pautas progressistas relacionadas aos costumes. Segundo o manifesto, a ideologia “woke”, que estaria em declínio nos Estados Unidos e em outras partes do mundo, ainda prevalece no Brasil, especialmente nas políticas culturais.
Teófilo, conhecido por seu documentário “O Jardim das Aflições”, sobre o filósofo Olavo de Carvalho, e Cannito, ex-secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, argumentam que o “politicamente correto”, cancelamentos e restrições à liberdade de expressão têm impactado negativamente a arte e a cultura no país. Eles apontam que órgãos como o Ministério da Cultura e a Ancine (Agência Nacional do Cinema), além de editais municipais e estaduais, seguem critérios da ideologia “woke” para fomentar a produção artística.
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O documento também menciona um suposto preconceito contra pessoas religiosas, especialmente cristãos, afirmando que é “praticamente impossível” aprovar projetos audiovisuais com temática cristã em editais públicos. O humor seria outra vítima dessa censura, com humoristas sendo frequentemente alvo de cancelamentos. O manifesto é assinado por diversos profissionais do setor audiovisual, incluindo autores de novelas e séries, roteiristas e produtores. Os signatários defendem a diversidade estética e a liberdade de criação, posicionando-se contra o que consideram ser a imposição de uma estética importada que teria afastado a arte brasileira do público.
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