‘Halloween’ é o ‘James Bond’ do terror, diz produtor Jason Blum

Segundo o americano, franquias podem ser comparadas devido à longevidade e ao número de filmes: ‘Quando o John Carpenter inventou o Michael Myers, o fez de uma maneira perfeita’

  • Por Caio Sandin
  • 17/10/2021 10h00
Divulgação/Universal Pictures Cena do filme Para produtor de "Halloween Kills", o vilão Michael Myers foi criado "de uma maneira perfeita"

Tido por muitos como um dos principais responsáveis pelo ressurgimento do gênero de terror no topo das paradas, com filmes como “Atividade Paranormal”, “Corra” e “Infiltrado na Khlan” no currículo, o produtor Jason Blum falou à Jovem Pan sobre o novo capítulo da franquia Halloween, que chegou aos cinemas nesta quinta, 14. Ele diz que gosta de chamar Halloween de o “James Bond das franquias de terror” por conta da longevidade e do número de filmes sob o mesmo título. “Eu acho que isso acontece, porque, quando o John Carpenter inventou o Michael Myers, ele o fez de uma maneira perfeita. Ele não tomou a decisão baseado em dados ou com muitas opiniões. O personagem ganhou vida muito rapidamente e, assim, ele acabou criando a versão definitiva do mal, que resistiu ao teste do tempo por 40 anos, e eu acredito que vai seguir por pelo menos outros 40, se não muito mais.”

Conhecido também por incorporar críticas e reflexões sobre a sociedade moderna em seus longas, Blum comentou que sempre instrui os cineastas que trabalham com ele a priorizar o terror. “Eu falo: ‘Você tem que fazer um filme de terror assustador e divertido. Porque, se você não fizer isso, ninguém vai ouvir qualquer outra coisa que tenha a dizer’”, revelou. O produtor ainda contou que gosta de acompanhar as reações da plateia enquanto assistem a um de seus filmes: “Eu amo entrar em um cinema e assistir às pessoas pularem de susto e ficarem com medo, mas também há algo extremamente prazeroso em conseguir encaixar, nos nossos filmes, um pensamento mais profundo sobre a sociedade em que vivemos. Esses dois aspectos satisfazem partes diferentes dentro de mim, e é engraçado que você não consegue ter um sem o outro. Se as pessoas não estiverem pulando nas cadeiras, elas não vão ver o filme e, com isso, não vão ouvir a mensagem”. 

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