Unesco vê destruição de Palmira como um crime de guerra
Paris, 21 mai (EFE).- A diretora geral da Unesco, Irina Bokova, ressaltou nesta quinta-feira que a destruição deliberada do enclave arqueológico sírio de Palmira por parte do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) suporia um “crime de guerra” e uma perda “enorme” para a humanidade.
“Pertence a todo o mundo e acho que todos deveriam estar preocupados pelo que acontece. Sua destruição seria não só um crime de guerra, mas uma perda enorme para a humanidade”, disse a representante da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em um vídeo postado por seu organismo.
Situada em um oásis, Palmira foi nos séculos I e II d.C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria.
Como consequência dessa troca, segundo Bokova, em Palmira se vê “uma extraordinária mistura de cultura e arte”, e esse enclave, cujas ruínas estão incluídas na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco, reflete “que todas as culturas se enriquecem umas a outras”.
“Lanza uma mensagem extraordinário em um momento em que queremos uma maior tolerância e entendimento entre as pessoas”, indicou a diretora geral da Unesco.
Um dia após haver solicitado um cessar-fogo imediato nessa cidade síria, Bokova renovou essa chamada e pediu uma mobilização “total” e nessa mesma linha por parte da comunidade internacional, com o objetivo, ressaltou, de evitar sua destruição. EFE
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