Após jogo duro, Nadal filosofa: “Das pequenas coisas se conquista as grandes”

Rio de Janeiro, 22 fev (EFE).- Acostumados às grandes conquistas, o espanhol Rafael Nadal fez questão de valorizar a dura vitória obtida sobre o compatriota Pablo Andújar neste sábado nas semifinais do Rio Open, torneio da série ATP 500, e considerou que chegou tão longe na carreira por se esforçar igualmente em todas as competições.

“Ganhar uma partida quando se joga mal tem seu valor, talvez até mais que quando se joga bem. Isso indica que houve luta e superação. É preciso ter humildade, lutar, correr e tentar seguir adiante. A partida de hoje valia 180 pontos, a final vale 300 pontos. Podem pensar que um jogador como eu que ganhei tudo que ganhei não valoriza um jogo como esse, mas é das pequenas coisas que se conquista as grandes coisas”, destacou o número 1 do mundo após o triunfo sobre Andújar, obtido apenas no tie-break do terceiro set.

O espanhol enumerou as próprias falhas que tornaram a semifinal tão difícil quanto foi e reconheceu que não fez uma boa primeira parte de partida.

“Não comecei com a intensidade que Pablo não poderia superar. No começo ele foi mais dinâmico, mais agressivo, com menos erros. Quem viu o jogo viu que ele estava melhor que eu. No segundo set, não fiz nada de especial, apenas tomei a iniciativa. Foi o dia mais pesado de todos, não tive a melhor das sensações. E aí não falo das costas, foi fisicamente como um todo. Me faltou um pouco de energia, e isso se notou porque perdi intensidade, precisão e potência”, analisou.

Ao falar sobre a decisão deste domingo, diante do ucraniano Alexandr Dolgopolov, Nadal fez duras críticas à bola usada atualmente nos torneios da ATP.

“Será um adversário difícil, acredito que as condições serão favoráveis a ele. Ele tem um jogo ordenado, agressivo. A bola é a mesma de sempre, continua sendo ruim. Há um ano jogamos com ela, e o pessoal da ATP deveria trocá-la. Não faz sentido continuar com uma bola tão ruim”, bradou. EFE