Balé, circo e clássicos da música e literatura russas fecham Jogos de Sochi

  • Por Agencia EFE
  • 23/02/2014 17h43

Moscou, 23 fev (EFE).- O balé, o circo e os clássicos da música e da literatura russa, além de uma bem-humorada reprodução da falha na abertura de um dos anéis olímpicos, ocorrida na festa que inaugurou os Jogos de Inverno de Sochi, foram os destaques neste domingo da cerimônia de encerramento do evento.

Na cerimônia realizada hoje no estádio Fisht e que teve 40 mil espectadores, marcaram presença os míticos balés Bolshoi e Mariinski, além de uma enorme tenda circense, retratos gigantes de clássicos como Leon Tolstoi, Fiôdor Dostoievski ou Alexander Pushkin, nem a música do grande Sergei Rachmaninoff.

Obras do pintor Marc Chagall, uma banda militar de tambores e 62 pianos de cauda no campo foram parte de um espetáculo cujos autores se permitiram o luxo de rir de si mesmos.

A pequena falha ocorrida na cerimônia de abertura dos Jogos quando um dos cinco aneis olímpicos de luzes não se abriu, como os outros, hoje foi reproduzida de forma proposital, em campo. Uma manobra simpática e em tom de piada, que mostra que os organizadores souberam encará-la da melhor forma possível.

Antes de passar o bastão à Coreia do Sul, país anfitrião dos próximos Jogos de Inverno, a Rússia exibiu seu vasto acervo artístico, um espetáculo diferente do da abertura, que teve foco em relembrar feitos históricos.

A chama olímpica foi apagada pelos três mascotes, em versões gigantes – um urso polar, uma lebre e um leopardo das neves – sob os acordes da música de Eduard Artiemev. Após a chama ter sido apagada, o urso verteu uma lágrima, enquanto era tocado “Até a vista, Moscou”, fazendo referência ao encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 1980. Claro, foi impossível não lembrar do ursinho Misha e sua famosa lágrima de despedida.

Mais uma vez, como na abertura dos Jogos, a menina Liuba foi a protagonista e guia do espetáculo, e na companhia dos palhaços Yuri e Valentina e outros famosos artistas circenses russos, a jovem fez um percurso pela cultura clássica russa.

A entrada da delegação da casa no tradicional desfile dos atletas foi recebida com estrondosos aplausos, em reconhecimento a sua vitória no quadro de medalhas.

Já a bandeira levada pelos atletas ucranianos, cujo país viveu ontem o triunfo de uma revolução popular, foi desfraldada com uma faixa de luto em homenagem aos mortos.

O passeio pela arte russa da menina Liuba e seus amigos terminou com um grande espetáculo circense, do qual participaram quase 400 acrobatas e ginastas.

Na tribuna, o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, assistiram ao término dos Jogos para os quais o país investiu US$ 50 bilhões, que os transformaram nos mais caros da história.

O encerramento coincidiu na Rússia com outra festa, o Dia do Defensor da Pátria, antigo Dia do Exército Soviético, uma das datas mais comemoradas no país.

Depois da cerimônia de transferência da bandeira olímpica à cidade sul-coreana de Pyeongchang, foi encenado um pequeno espetáculo de oito minutos sobre a história da arte na Coreia.

A festa terminou com um mar de flores sobre o campo do estádio e uma bela queima de fogos de artifício em todo o complexo olímpico de Sochi. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.