Bebeto de Freitas, Renan e Fofão celebram entrada no Hall da Fama do vôlei

  • Por Agência Estado
  • 25/10/2015 16h40
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Reprodução Fofão

Três dos maiores nomes da história do vôlei brasileiro, Bebeto de Freitas, Renan Dal Zotto e Fofão são, ao lado do ex-levantador norte-americano Lloy Ball, os mais novos integrantes do Hall da Fama da modalidade. Em cerimônia realizada na noite de sábado, em Holyoke, nos Estados Unidos, eles entraram para uma seleta lista que conta com mais de 120 pessoas que contribuíram para o desenvolvimento deste esporte ao longo da história.

Eternizados com a entrada no Hall da Fama, criado há 30 anos, o trio de brasileiros não escondeu a alegria com o reconhecimento que ganharam agora, depois de terem trilhado carreiras de intenso sucesso. Vice-campeão olímpico como ponteiro do Brasil em 1984, nos Jogos de Los Angeles, Renan chegou ao pódio junto com Bebeto de Freitas, que era o técnico do time nacional naquela histórica campanha.

“Estou muito feliz de estar aqui e me ver ao lado de tanta gente importante para o voleibol. Nunca pensei que isto poderia acontecer. Eu tive a oportunidade de jogar na companhia de grandes atletas, incluindo meu grande amigo Bebeto. Nos anos 80 nós fomos os primeiros brasileiros a conquistarmos uma medalha nos Jogos Olímpicos de Los Angeles”, celebrou Renan, para depois exaltar a importância que aquela geração para que o Brasil se tornasse uma grande potência do vôlei nas décadas seguintes.

“Neste momento, sei que estou representando cada um daqueles que estiveram comigo e quero que eles se sintam honrados e celebrem da mesma forma que eu. Com aquela geração conquistamos muitas coisas, tivemos vitórias e derrotas, provavelmente mais derrotas que vitórias. Mas estou certo de que sempre que entrávamos em quadra era para dar o nosso melhor”, completou, em declarações reproduzidas neste domingo pelo site oficial da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), na qual Renan hoje ocupa o cargo de diretor de seleções. Como atleta, ele também foi aos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, e 1988, em Moscou.

Bebeto, por sua vez, comemorou o fato de estar entrando para um Hall da Fama do qual fazem parte vários de seus ídolos no vôlei. Ex-técnico do Brasil e com sucesso também no comando da seleção italiana em sua carreira, ele também trabalhou como dirigente no Atlético Mineiro e principalmente no Botafogo, seu clube de coração, e agora se emocionou ao receber esta grande honraria no vôlei.

“Depois de visitar o Hall da Fama hoje (sábado) eu tive uma surpresa agradável e me senti honrado e com a sensação de que fiz o meu trabalho. Em seguida, tive outro sentimento, o de responsabilidade. Aqui vi muitos dos meus ídolos, jogadores com quem joguei junto, com quem joguei contra. Não sei quantas vezes eu os vi jogar em meus sonhos, técnicos que me inspiraram e influenciaram o meu modo de entender o voleibol. Hoje eu tive a mesma honra que muitos dos meus heróis tiveram antes de mim”, afirmou Bebeto.

Já a ex-levantadora Fofão, que se tornou a primeira atleta do vôlei a disputar cinco edições dos Jogos Olímpicos, em 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008, chegou ao Hall da Fama com uma carreira vitoriosa, tendo conquistado o ouro olímpico em sua última participação em uma Olimpíada, em Pequim-2008. E ela também se emocionou ao receber a honraria e lembrar do seu pai, que já faleceu e que ela considera ter sido o maior incentivador da sua trajetória como jogadora.

“Estou vivendo um dos maiores momentos que um atleta pode almejar na vida. Quando comecei a jogar voleibol não sabia onde iria chegar. E agora, analisando tudo que fiz, é incrível ver onde estou. Foi um caminho longo e recheado de adversidades, mas todos os desafios valeram a pena. Nunca pensei que me dedicaria por 30 anos a este esporte e que por 17 anos vestiria a camisa da seleção brasileira. Eu vivi todos os tipos de emoções: eu ri, eu chorei, me lesionei, gritei e, principalmente, eu me diverti. Meu pai, o Seu Sebastião, me apoiou sempre. Infelizmente não está mais aqui, mas me incentivou ao longo de toda a minha carreira, e acreditou em mim mais que eu mesma. Dizia que eu só não venceria se não quisesse. Cresci acreditando nisso e sei que ele está orgulhoso de onde a filha dele chegou”, ressaltou.

Outros nove brasileiros fazem parte da lista de 125 integrantes do Hall da Fama do Vôlei, que conta com atletas, técnicos e dirigentes que colaboraram para o desenvolvimento da modalidade. São eles: Bernard Rajzman, agraciado com a honraria em 2005, Jaqueline Silva (2006), Carlos Arthur Nuzman (2007), Ana Moser (2009), Adriana Behar e Shelda (2010), Maurício Lima (2012) e Nalbert Bitencourt e Sandra Pires (2014). O Brasil, por sinal, é o terceiro país com maior número de integrantes neste seleto grupo.

Outro a completar a turma de 2015 do Hall da Fama do vôlei, Lloy Ball foi campeão olímpico com os Estados Unidos nos Jogos de Pequim, onde ajudou os Estados Unidos a derrotar o Brasil na decisão do ouro.

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