Bottas vence na Turquia, Verstappen fica em 2º e retoma liderança na F1

Lewis Hamilton termina em quinto e passa a primeira colocação do campeonato para o holandês

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2021 11h27
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Divulgação / Instagram F1 Valteri Bottas durante GP da Turquia Valtteri Bottas, da Mercedes, quebra jejum de mais de um ano sem vitórias na Fórmula 1

A liderança da Fórmula 1 na temporada 2021 voltou a trocar de mãos neste domingo, 10. Lewis Hamilton deu lugar novamente a Max Verstappen, que fez corrida eficiente e cautelosa no GP da Turquia para terminar em segundo lugar na pista molhada de Istambul. A vitória foi do finlandês Valtteri Bottas, enquanto Hamilton, seu parceiro de Mercedes, foi o quinto colocado. Bottas coroou seu grande fim de semana com vitória que encerrou jejum de mais de um ano na F-1. Ele não subia ao lugar mais alto do pódio desde o fim de setembro de 2020, quando venceu o GP da Rússia. Em Istambul, largou na pole position, faturou a 10ª vitória de sua carreira e ainda registrou a melhor volta da prova. Os pilotos voltam à pista daqui a duas semanas para o GP dos Estados Unidos, no dia 24, no Circuito das Américas, na cidade de Austin.

O GP da Turquia também foi positivo para a Red Bull. E não apenas pela dobradinha entre Verstappen e Sergio Pérez, que terminou em terceiro. O holandês retomou a liderança do campeonato, agora com 262,5 pontos, contra 256,5 de Hamilton, que volta a figurar no segundo posto geral. A corrida causou emoções distintas para o inglês. Ao mesmo tempo em que pôde celebrar a boa reação na prova, por ter largado do 11º posto (punição por ter trocado componentes do seu motor), ele lamentou não ter terminado no terceiro lugar. O heptacampeão mundial perdeu duas posições na reta final da prova ao fazer uma troca de pneus que talvez não fosse necessária. Se tivesse ficado em 3º, estaria a apenas um ponto de Verstappen na classificação geral.

Com pista molhada, vento forte e chuva leve, a largada apresentou menos incidentes do que o esperado. Bottas partiu sem hesitar, seguido por Verstappen e Leclerc. Logo atrás, Gasly virou um “sanduíche” entre Pérez e Alonso, que levou a pior. Foi tocado e parou no pelotão do fundo. As atenções, contudo, estavam todas voltadas para Hamilton. O líder do campeonato largou apenas em 11º, apesar de ter obtido o melhor tempo no treino classificatório, por ter sofrido punição ao trocar componentes do motor de sua Mercedes. Sofrendo com o “spray”, o inglês ganhou duas posições com facilidade. Mas perdeu mais tempo do que esperava atrás de Tsunoda.

Após ultrapassar o japonês na 8ª volta, iniciou a busca pelas primeiras posições. A ascensão foi bem-sucedida até parar em Pérez. Na 35ª volta, os dois fizeram o melhor duelo da corrida. O inglês chegou a passar o rival, mas o mexicano recuperou a quarta posição. Com todos os pilotos correndo com pneus intermediários, havia pouca margem para mudanças numa prova cautelosa para quase todos os pilotos. O único a arriscar foi Sebastian Vettel, que colocou pneus slick e acabou virando a “cobaia” da corrida. Sem conseguir nenhuma estabilidade na pista, o alemão sofreu até para voltar aos boxes, com direito a uma derrapagem na entrada, para retomar os intermediários.

Vettel mostrou para todos que o momento era para seguir com os pneus específicos para asfalto molhado. No 37º giro, Verstappen puxou a fila das trocas. Bottas e Pérez fizeram o mesmo: colocaram novos pneus intermediários. Leclerc virou líder e Hamilton enfim assumiu a quarta colocação. Bottas era o segundo, seguido por Verstappen e pelo inglês. A partir da 40ª volta, a prova se resumiu a uma grande pergunta: Leclerc e Hamilton iriam tomar a decisão arriscada de seguir com os mesmos pneus até a bandeirada final? Enquanto os chefes da Ferrari e da Mercedes avaliavam a situação, a pista secava, dando margem para compostos slick.

O suspense durou poucas voltas. Leclerc foi para os boxes para colocar novos intermediários na 47ª volta, logo após ser ultrapassado por Bottas, liderando a prova mais uma vez. Na sequência, no 51º giro, foi a vez de Hamilton se render a novos compostos intermediários. Ele voltou em quinto lugar, atrás de Pérez, que logo superou Leclerc. Pelo rádio, o heptacampeão mundial demonstrou insatisfação com a equipe pela troca. Na sua avaliação, poderia ter aguentado na pista até o fim, terminando em terceiro lugar. Ficaria, assim, a apenas um ponto de Verstappen no campeonato.

*Com Agência Estado

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