Brasil estreia no Mundial de basquete com vitória sobre campeã da Europa
O Brasil estreou com vitória no Campeonato Mundial masculino de basquete neste sábado, ao superar de maneira dramática a França, atual campeã europeia, por 65 a 63, em duelo válido pela primeira rodada do grupo A, disputado na Arena Granada, na Espanha.
Depois de começarem muito mal, marcando apenas 11 pontos no primeiro quarto, Nenê, Anderson Varejão, Tiago Splitter e companhia reagiram, equilibrando a partida e passando a frente no terceiro quarto.
Na reta final, depois de chegar a ter vantagem confortável de ter aberto sete pontos de frente, a equipe se segurou diante da reação do adversário, de erros da arbitragem, e do seu baixo aproveitamento nos lances livres para vencer.
O destaque verde e amarelo no jogo foi o armador Marcelinho Huertas, que marcou 16 pontos e foi o cestinha do duelo. O camisa 9 ainda acertou dois de três arremessos de três e deu cinco assistências. Marquinhos, com 10 pontos e seis rebotes, e Anderson Varejão, com nove rebotes e oito pontos, também tiveram boa atuação.
O cestinha francês foi o ala-pivô francês Pepe Diaw, que anotou 15 pontos, seguido pelo ala Nicolas Batum, que marcou 13.
O próximo desafio da seleção acontecerá neste domingo, às 13h (horário de Brasília), contra o Irã, que ainda jogará hoje, contra a anfitriã Espanha. Já a França entrará em quadra mais cedo, às 10h30, em duelo que promete fortes emoções, com a Sérvia.
O confronto de hoje na Arena Granada começou com uma seleção francesa marcando muito forte, impedindo que o Brasil chutasse com liberdade. Além disso, mesmo os comandados mais experientes do técnico Ruben Mangnano mostraram nervosismo.
Assim, rapidamente os campeões europeus abriram frente, fazendo 6 a 0. Os primeiros pontos da equipe verde e amarela aconteceram em lance livre de Tiago Splitter, após falta cometida por Gelabale.
Principalmente pelo desempenho do pivô Gobert, que com duas belas enterradas incendiou os companheiros, a França seguiu dominando até o fim do primeiro quarto, que venceu com placar de 18 a 11.
A partir do retorno à quadra, o Brasil mostrou mais equilíbrio e que estava disposto a entrar no jogo. Diante da marcação mais apertada, os franceses passaram a errar demais. Faltando pouco mais de dois minutos para o intervalo, Tiago Splitter empatou o jogo e, em seguida, Raulzinho virou em 26 a 24.
A segunda parcial teve placar de 17 a 8 para os brasileiros, sendo fechada em 28 a 26, mostrando que o domínio no jogo tinha mudado de lado.
A partir daí, o duelo passou a ser marcado pelo equilíbrio, e também por muitos erros ofensivos das duas seleções. Faltando cinco minutos, no entanto, Raulzinho recuperou uma bola na defesa e Alex fez dois pontos, fazendo o Brasil abrir 36 a 32, em momento delicado, de crescimento do adversário.
Pouco depois, em outra bela jogada de Raulinho, que deu assistência de costas, Tiago Splitter colocou o Brasil seis pontos na frente, com 40 a 34 no placar. No fim do terceiro quarto, a seleção tterminou com vantagem de cinco pontos, ao fechar em 46 a 41.
No quarto e último quarto, o Brasil seguiu sabendo como se impôr. Uma cesta de três de Marcelinho Huertas faltando sete minutos, colocou a seleção oito pontos na frente, em 51 a 43. Os franceses, principalmente com Diaw e Gelabale, seguiram lutando para reduzir a diferença.
A arbitragem comandada pelo grego Christos Christodoulou começou a irritar os brasileiros, principalmente nos instantes finais, invertendo algumas faltas, que acabaram mantendo a França no jogo.
Apesar disso, a seleção seguiu ligada e mantendo vantagem de segurança nos instantes finais. Os erros nos lances livres, fundamento em que o Brasil teve aproveitamento de apenas 58% (contra 81% dos franceses), fizeram a diferença diminuir perigosamente.
Faltando dois segundos, Diot acertou cesta de três e deu contornos dramáticos ao jogo, que ficou com placar em 64 a 63. Em seguida, Gelabale fez falta em Marquinhos, que convertou um dois dois lances livres a que teve direito. A marcação na saída de bola, no entanto, impediu uma trágica virada francesa.
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