Com Arena Condá lotada, torcedores homenageiam vítimas do acidente

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 30/11/2016 22h09
  • BlueSky
SC - FUTEBOL/CHAPECOENSE/TRAGÉDIA - ESPORTES - População de Chapecó e torcedores da Chapecoense prestam homenagens na Arena Condá, nesta quarta-feira (30), antes da celebração de uma missa em memória das vítimas do acidente envolvendo o avião que transportava a delegação do time catarinense para Medellín, na Colômbia. 30/11/2016 - Foto: WESLEY SANTOS/ESTADÃO CONTEÚDO WESLEY SANTOS/ESTADÃO CONTEÚDO Torcedores da Chapecoense lotaram a Arena Condá

Moradores da cidade de Chapecó e torcedores da Chapecoense se reúnem na Arena Condá, na noite desta quarta-feira, para prestarem novas homenagens às vítimas do acidente aéreo com a delegação do time catarinense, que seguia para a Colômbia na madrugada de terça-feira para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana.

No horário em que a Chapecoense deveria estar prestes a disputar o jogo mais importante da sua história, nesta quarta-feira, as luzes da Arena Condá, em Chapecó (SC), diminuíram de intensidade. Imediatamente, os mais de 20 mil torcedores presentes começaram a entoar o hino do clube. Sinalizadores verdes iluminaram o local. O ambiente era aquele que deveria ser: o de final de campeonato.

No gramado, o mascote do clube, o índio guerreiro, tentava acompanhar a alegria da arquibancada, mas dentro da fantasia um homem chorava. Cleiton Dona, de 37 anos, vive de interpretar o mascote do time há 5 anos. “Hoje (quarta-feira) a gente tenta, mas não dá. É preciso de força, mas agora é difícil”, disse Cleiton sem tirar a fantasia.

Às 21h15, o minuto de silêncio foi respeitado por todos no estádio. Depois, crianças entraram com o uniforme do time; na sequência, ex-jogadores se juntaram a familiares das vítimas (Fabiano, que hoje está no Palmeiras, era um dos mais emocionados).

A cerimônia foi rápida, mas intensa. Dois pastores e o padre Igor, famoso torcedor da Chapecoense, falaram rapidamente. Foram palavras de consolo e força – para os torcedores e para a cidade “O que se vivia era um sentimento fraternal de família”, lembrava o padre. O religioso fez com que o estádio inteiro repetisse o Pai Nosso em coro. Nas arquibancadas, muita gente foi às lágrimas nesse momento. “Acendam os seus celulares agora. À luz que vocês estão vendo é a luz de Deus no meio de nós”, falou o padre Igor.

Minutos antes do horário daquele que seria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, um grupo de ex-jogadores, atletas da base e dirigentes do clube deram a volta olímpica na Arena Condá. A torcida emocionada acompanhou como se estivessem ali os campeões.

Um vídeo homenageando todas as vítimas do desastre aéreo foi exibido em um telão. Depois, sincronizada por uma contagem regressiva, a torcida entoou o grito de “é campeão”, “é campeão”.

Confira imagens das homenagens:

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.