Goleada da Inglaterra, protestos barrados e sufoco da Holanda: confira os destaques do 2º dia da Copa

Segunda-feira ainda teve volta do País de Gales após 64 anos fora do torneio e gol do filho de lenda do futebol africano para os EUA

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2022 19h00
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ADRIAN DENNIS / AFP inglaterra cantanda save the king Goleada de 6 a 2 da Inglaterra foi o jogo mais animado do segundo dia da Copa

O segundo dia da Copa do Mundo do Catar foi cheio de emoção. Ao todo foram três jogos: Inglaterra x Irã (Grupo B), Senegal x Holanda (Grupo A) e Estados Unidos x País de Gales (Grupo B). O dia começou com a goleada do English Team por 6 a 1 contra a seleção árabe. Bellingham abriu o placar aos 35 minutos, Saka ampliou aos 43 e Sterling fez o terceiro nos acréscimos. Na volta do intervalo, Saka fez mais um. Aos 20 minutos, Taremi diminuiu para o Irã com um belo gol. Rashford saiu do banco para marcar o 5º dos ingleses e Grealish fez o 6º aos 45. Nos acréscimos, Taremi fez mais um, de pênalti. Assim, Saka e Taremi se juntam a Enner Valencia, do Equador, como artilheiros da competição. Curiosamente, Saka e Rashford foram muito criticados ao perderem seus pênaltis na final da Eurocopa 2020 em que a Inglaterra perdeu para a Itália, e se redimiram. O jogo também foi marcado pela concussão do goleiro iraniano Beiranvand que se chocou com companheiro do próprio time. Foi noticiado que ele quebrou o nariz. O Irã, então, pôde fazer 6 substituições, já que o regulamento da Fifa prevê uma substituição a mais em casos de concussão.

No segundo jogo do dia, a favorita Holanda sofreu para vencer Senegal por 2 a 0. A seleção africana foi melhor mesmo sem Sadio Mané, sua principal estrela. Mas perdeu chances e aos 39 minutos, Gakpo abriu o placar em saída desastrada do goleiro Mendy. Após o gol, Senegal foi pra cima e num contra-ataque rápido nos acréscimos, Klaassen fez o segundo para os holandeses. A equipe de Van Gaal empata em pontos com o Equador, adversário da segunda rodada. No último jogo da segunda-feira, Estados Unidos e País de Gales empataram em 1 a 1 em jogo com boas histórias. Gales volta a uma Copa do Mundo após 64 anos, tendo sido eliminada em 1958 para o Brasil no jogo em que Pelé marcou seu primeiro gol em Copas. A torcida emocionou a cantar o hino a plenos pulmões sendo agraciada com o gol de empate aos 37 minutos, marcado por Gareth Bale, símbolo da renovação do futebol no país. Antes disso, no entanto, Timothy Weah balançou as redes para os EUA. O jovem de 22 anos é filho de George Weah, jogador liberiano que venceu a Bola de Ouro de 1995. Até hoje ele é o único africano a conseguir o troféu.

Protestos de seleções são barrados pela Fifa

Harry Kane com a braçadeira One Love

Apesar de um dia cheio de emoção, nem tudo é felicidade no Catar. Horas antes de a bola rolar, a Fifa proibiu que seleções europeias utilizassem a braçadeira de capitão com as cores da bandeira do arco-íris, em apoio a comunidade LGBTQIAP+. A homossexualidade é considerada crime no país árabe. Como “alternativa”, Inglaterra, Holanda e País de Gales utilizaram um modelo que a Fifa fez em parceria com a ONU escrita “No Discrimination”. Durante a tarde, a ESPN norte-americana noticiou que a seleção da Bélgica não foi autorizada a utilizar a palavra ‘Love’ em seu uniforme. A camisa 2 é uma homenagem ao festival de música Tomorrowland e tem a inscrição na parte de dentro da gola. Também nesta segunda-feira um jornalista dos EUA divulgou que foi barrado ao tentar entrar em um estádio com uma camisa com as cores da bandeira do arco-íris. Ele ficou retido por 25 minutos, teve seu celular confiscado e depois liberado. Nas arquibancadas do jogo entre Inglaterra e Irã, foi possível ver algumas manifestações políticas da torcida iraniana. Cartazes e bandeiras com os dizeres “Liberdade” e “Liberdade Para Mulheres” foram levantadas. Na hora do hino, a torcida não cantou (assista abaixo) e uma mulher chorou no momento. Os jogadores também se recusaram a cantar o hino. O país vive um momento de eclosão social após uma jovem de 21 anos ser morta pela polícia da moral por utilizar o hijab (véu) de forma incorreta. Protestos tomaram as ruas do país. Muitos já morreram e outros tantos foram presos.

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