De símbolo a talismã, conheça a história de Ozir, o coelho de J. Malucelli

  • Por Adriano Alves / Jovem Pan
  • 27/03/2014 18h22

Animal invadiu o campo em jogos do J. Malucelli e do Atlético-PR no Ecoestádio Folhapress Conheça Ozir

O Ecoestádio, na cidade de Curitiba, é a casa do J. Malucelli e está ficando famosa por conta de uma dupla inusitada: os coelhos Ozir e Pretinha. Eles não são atacantes e não fazem gols, mas vêm se tornando uma atração a mais para os torcedores que vão assistir aos jogos da equipe e do Atlético-PR, que realiza algumas partidas por lá.

Sob cuidado do zelador Eliezer Bonfim Nogueira, os dois animais já são considerados um símbolo do estádio e um talismã do time, principalmente o macho da espécie. Ele desfilou pelo campo durante o empate entre o time da casa e o Vitória da Bahia, pela Copa do Brasil. Na ocasião, o Malucelli marcou o gol de pênalti em seguida.

“O Ozir acabou se tornando um símbolo do Ecoestádio e um talismã para o J. Malucelli. Toda vez que o coelho invade o gramado, a equipe faz um gol logo em seguida”, disse Nogueira, de 51 anos.

O primeiro animal a chegar às mãos dele foi Ozir, dado de presente pelo guarda de mesmo nome. Por não ter condições de mantê-lo em casa, o segurança pediu para que “Eli” cuidasse do animal. “Como a proposta daqui é a manutenção da ecologia, deixei o bichinho aqui e fui atrás de uma namoradinha para ele, a Pretinha”, afirmou de forma bem humorada.

O Ecoestádio, situado em frente ao Parque Barigui e considerado o primeiro estádio ecológico do Brasil, os animais ficam circulando pelo gramado por conta da filosofia imposta pela diretoria do clube.

As invasões de campo tem uma explicação. De acordo com o Eliezer, toda vez que chega para trabalhar, ele tem o costume de dar um biscoito para o coelho. “Eu fico atrás da placa e eu tenho o costume de dar uma bolachinha para ele quando chego e vou embora. Aí acaba que nos jogos ele vai atrás de mim para buscar a comida”, explicou.

Apesar de todo o show que vira a partida por conta das “invasões”, a arbitragem pede para que os bichinhos sejam presos para que não atrapalhem o andamento dos jogos. Nos jogos do J. Malucelli, eles ficam andando nos arredores. Porém nas partidas que o Atlético-PR realiza no Ecoestádio, a situação muda a pedido da diretoria do Furacão.

Nogueira lembra que a própria torcida do tradicional time paranaense chega a cantar para que Ozir seja “liberto” da coleira. “A torcida atleticana às vezes canta ‘solta o coelho’ e até o Petraglia (presidente do Atlético) pediu para soltar o bichinho”, falou.

Dono de dois coelhos em sua residência, Eli diz ter medo quando Ozir ou Pretinha invadem o campo, já que corre o perigo dos jogadores pisarem ou chutarem a bola em cima deles, seja sem querer ou por maldade. “Eu trabalho praticamente sozinho aqui no estádio e os animais são a minha companhia”, ressaltou.

O funcionário do Jotinha diz que acha graça da fama dos coelhos e lembra que só falta o América-MG, que tem o animal como mascote, querer contratá-los. “Só falta o time querer contratar os coelhos e me levarem junto”, brincou.

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