Del Bosque rechaça tristeza com fracasso da Espanha na Copa

  • Por Agencia EFE
  • 29/07/2014 15h22
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Santander (Espanha), 29 jul (EFE).- Quase um mês e meio após a derrota para o Chile no Maracanã, que selou a eliminação precoce da Espanha na Copa do Mundo, o técnico Vicente del Bosque garantiu nesta terça-feira que em nenhum momento se abateu com o fracasso da equipe no Brasil.

“Não fomos prepotentes na vitória, e agora não estamos melancólicos. Não estou aqui para pedir perdão nem para buscar desculpas. Me diziam que unimos a Espanha, mas não acreditava tanto nisso. O dia em que perdemos também foi encarado com normalidade. O comportamento de quase todo mundo foi muito correto”, destacou o treinador em evento realizado em uma universidade na cidade espanhola de Santander.

Del Bosque negou que o ambiente no elenco era ruim e que a disputa por posição tenha atrapalhado o convívio dos atletas, mas admitiu que os ânimos se exaltaram em alguns momentos. Ele citou como exemplo a discussão que teve com o meia Cesc Fàbregas, que se irritou ao ser mudado da equipe titular para a reserva em um treino.

“Em todas as equipes do mundo os 11 que jogam estão contentes, e o resto, não. Isso quer dizer que os jogadores pensam apenas neles mesmos e nós temos que velar por todos. Não houve mau comportamento nem hostilidades. Houve um ambiente bom, uma das melhores concentrações que já tivemos. Mas é certo que as derrotas alteram o ânimo, e episódio não muito educativo do colete é prova disso”, comentou.

Sobre as mudanças atravessadas pela seleção desde a conquista do título mundial em 2010 até a disputa da última Copa, o técnico admitiu que cometeu alguns erros, mas defendeu os jogadores convocados.

“Quando uma equipe vem de vitória, é mais difícil renová-la. Pecamos com um certo sentimentalismo, mas em alguns setores isso é muito bom. Não levamos nenhuma relíquia, levamos jogadores em atividade. O que aconteceu? Um conjunto de pequenas coisas deram errado, e estivemos muito abaixo do rendimento habitual”, analisou Del Bosque, que negou ter havido um retrocesso no futebol espanhol desde o título de 2010.

“Em 2012, a Espanha foi campeã da Europa demonstrando um grande talento e um bom futebol. Mas depois desses anos, disputamos, por exemplo, um jogo pelas Eliminatórias na França e fomos muito bem. Foram outros quatro anos de um comportamento futebolístico estupendo”, salientou. EFE

rgr/dr

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