DIS explica pedido de prisão a Neymar: “não queremos dinheiro, só justiça”

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2016 13h19
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EFE Neymar é réu em processo movido pela DIS

Fundo de investimentos que detinha 40% dos direitos de Neymar na época em que o jogador foi vendido ao Barcelona, a DIS formalizou nesta quarta-feira uma acusação contra o maior craque do futebol brasileiro. O grupo pediu cinco anos de prisão ao atleta, mas a promotoria espanhola foi mais branda: fez o pedido de dois anos de prisão e o pagamento de multa de 10 milhões de euros (R$ 35,9 milhões) a Neymar 

Em participação exclusiva no Esporte em Discussão desta quarta-feira, o diretor da DIS Roberto Moreno explicou que a motivação da queixa não foi financeira. Ao repórter Wanderley Nogueira, o ex-presidente do fundo de investimentos disse que a DIS busca apenas justiça no processo que avalia irregularidades na polêmica transferência de Neymar ao Barcelona em junho de 2013. 

“Essa multa determinada pelo Ministério Público espanhol não vai para a DIS. Nós não temos interesse nenhum em dinheiro, apenas na justiça. Queremos que isso se resolva e que acabe a história de que nós somos os vilões desses fatos, quando, na realidade, não é nada disto Quem é vilão e vem mostrando que cometeu algum delito é o Neymar, sua família e o Barcelona em conluio com o Santos“, acusou Moreno, com exclusividade, à Jovem Pan.

Além da prisão de Neymar, o procurador espanhol José Perals também recomendou uma pena de cinco anos de prisão ao ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e uma multa de aproximadamente 8,5 milhões de euros (R$ 30,2) ao clube catalão. 

A DIS, por sua vez, queria a prisão de todos os envolvidos no caso, incluindo NeymarNeymar pai, o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues, e o ex-presidente do Barcelona, Sandro RosellO fundo de investimentos entende que não recebeu o valor que deveria na transferência do jogador ao clube azul-grená, em junho de 2013. 

justiça espanhola apurou que a venda foi em torno de 90 milhões de euros, e Neymar e sua família falaram que foi 17,6 milhões de euros”, explicou Moreno. “O que nós estamos querendo é fazer valer o contrato. E, pelo contrato, nós temos direito a 40% do valor total da transferência. Mas eles tentaram, de uma forma ou de outra, não pagar aquilo que estava acertado“, reclamou o diretor da DIS, antes de determinar um prazo para tudo se resolver: “em nove meses, no máximo”.

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