Efetivado, Carille indica volta de Cássio ao gol alvinegro e prevê muita cobrança

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/12/2016 15h30
Partida entre Santa Cruz x Corinthians válida pela 30a. rodada do Campeonato Brasileiro de 2016, na Arena Pantanal, em Cuiabá-MT, nesta quarta(12). Foto: Rodrigo Gazzanel Agência Corinthians Efetivado

Fábio Carille vive um fim de ano diferente. Em 2017, ele deixará de ser sombra de um técnico e se tornará o responsável por fazer o Corinthians retomar o caminho das vitórias. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quinta-feira, o novato treinador falou sobre a montagem do elenco, da relação com Tite, projetou Cássio como titular e disse saber que a paciência do torcedor não será duradoura. Confira abaixo:

O que podemos esperar do Corinthians para 2017?

Será um ano de remontagem. Estou ansioso para saber qual vai ser o nosso elenco para ver as características e traçar o perfil do estilo de jogo. Posso garantir que teremos uma equipe organizada, de entrega e vontade. A forma de jogar vai depender dos jogadores que eu tiver na mão.

Por falar em time na mão, quem será o seu goleiro para o ano que vem: Cássio ou Walter?

Sempre fui claro nas minhas convicções. Quando fui efetivado, o Cássio foi bem no primeiro jogo e no segundo se machucou. Jogador não saiu por questão técnica, mas sim, física. Ele foi muito bem comigo e, se eu tivesse continuado, ele voltaria ao time. O mais importante é que o Corinthians tem dois excelentes goleiros e espero ficar com os dois no grupo.

Como tem sido a conversa por reforços? Você participa?

Alguns nomes aparecem, são oferecidos e a gente troca ideia para ver se é possível e se encaixa no que precisamos.

Gosta das comparações e de ser chamado de pupilo ou sucessor do Tite?

Não escondo de ninguém que meu modo de ser é parecido com o do Tite. Sou um cara tranquilo, que na hora que precisa fala e não deixa para depois. Tenho respeito e carinho com todos no grupo. Também tenho muita coisa do Mano (Menezes), mas me vejo mais parecido com o Tite.

Você chega com a experiência de ter feito seis jogos como técnico de um time principal. Acha que conseguirá suportar a pressão de dirigir o Corinthians?

Tive 28 dias e seis jogos como técnico efetivado, sem contar os outros jogos como interino. Minha validação foi em cima desse período. Fiquei confiante com os resultados e percebi: ‘Opa, estou no caminho certo’. Sabia que esse momento ia chegar e assim que me chamaram, não pensei duas vezes. Não está sendo uma experiência. Nós tivemos uma avaliação e tanto o Corinthians como eu sabemos que posso fazer um grande trabalho.

Até quando acha que vai durar a paciência da torcida com o seu trabalho?

Sei que vou ser cobrado por resultados e não por desempenho. Estou no Corinthians há oito anos e sei o que posso fazer. Acredito que o início de trabalho será de apoio, pois percebi que tive uma aceitação legal. Foi até acima do esperado, para mim.

Antes você era auxiliar. Agora, você é o técnico. Como lidar com os jogadores nesta mudança?

Não vai nem tem motivo para mudar a postura. Tenho que ser eu. Como auxiliar você precisa se impor e ser respeitado do mesmo jeito e isso eu consegui. Vou continuar olhando nos olhos de todo mundo e fazer meu trabalho.

Falou com os jogadores após ter sido efetivado?

Recebi muitas mensagens, principalmente de quem passou pelo clube. Ralf, Renato Augusto, Leandro Castán e tantos outros. Foi legal e acaba sendo um reconhecimento.

Como você vai trabalhar com a base?

De uma forma muito próxima. Viajo dia 3 para São Paulo e vou acompanhar os jogos do Corinthians na Copinha até nossa viagem para a Florida Cup. Este ano tínhamos 14 meninos da base no elenco e vamos continuar dando espaço para eles. 

Quantos jogadores pretende ter no elenco?

Acho que 28, sendo quatro goleiros e 24 de linha. Pode ser que, por excesso de viagens, a gente acabe chegando a 30, mas 28 é o ideal.

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