Em nota, Ary Graça se defende de acusações de desvio de dinheiro na CBV

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2014 19h30

O ainda presidente da FIVB (direita) diz que informações apuradas pela ESPN Brasil não são verdadeiras

Folhapress Ary Graça e Murilo em 2010

Após renunciar ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CVB) na manhã desta sexta-feira (14), Ary Graça soltou uma nota oficial em que se defende das informações divulgadas pelo site da ESPN Brasil.

O ainda presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) afirmou que sua renuncia já estava acertada desde o mês de dezembro e que ela nada tem a ver com as acusações de desvio de verbas da entidade durante a sua gestão, que chegam ao valor de R$ 20 milhões.

Confira o comunicado de Ary Graça, na íntegra:

Ary S. Graça F°, Presidente da Federação Internacional de Voleibol – FIVB, vem prestar esclarecimentos sobre notícias publicadas recentemente na mídia brasileira referentes ao período em que esteve à frente da Confederação Brasileira de Voleibol – CBV.

– Durante a sua gestão, a CBV jamais pagou qualquer remuneração a título de intermediação ou comissionamento pelo contrato com o Banco do Brasil. As empresas citadas participaram da negociação pelo lado da CBV e foram responsáveis pela grande elevação de patamar do patrocínio. Os valores que vêm sendo citados são inverídicos, o que pode ser comprovado no sistema contábil da CBV. O valor fica entre 3% e 4% do total do contrato, distribuídos entre todas as empresas envolvidas.

– O balanço da CBV de 2012 foi auditado e aprovado pela Ernest & Young e todos os contratos mencionados foram contabilizados de forma transparente neste período.

– Está correta a informação de que o contrato entre a CBV e o Banco do Brasil foi negociado diretamente entre as partes. Mas é preciso esclarecer que os valores pagos se referem a dois anos de extensas negociações entre a Confederação e o Banco do Brasil para a renovação do contrato até 2017. Trata-se do maior contrato de sua história, excelente para ambas as partes e que viabiliza a continuação do crescimento e sucesso do voleibol brasileiro.

– Como em todos os contratos de vulto, este também requereu uma negociação complexa, com grande prospecção pela CBV no mercado de marketing esportivo brasileiro, contatos com diversos outros patrocinadores e muitas outras negociações conduzidas até que se chegasse ao resultado.

– As informações que vêm sendo divulgadas causam dano irreparável à imagem do voleibol brasileiro, que tem reconhecidamente uma gestão vencedora dentro e fora das quadras. Mais ainda, denigrem sobremaneira e atingem diretamente excelentes profissionais, sérios e competentes.

– A gestão de Ary Graça, que em sua vida profissional atuou em cargos de lideranças em grandes empresas brasileiras, fez com que ele implementasse na CBV, desde o início, uma agressiva política de bonificação em todos os níveis, dentro e fora das quadras. Apenas como exemplo, os atletas das seleções brasileiras receberam nos últimos anos mais de R$ 118 milhões de direitos de imagem e premiações por seu desempenho dentro as quadras.

– Funcionários de todos os níveis da instituição receberam bonificação semestral conforme seu desempenho, chegando a receber 17 (dezessete) salários anuais pelos excelentes trabalhos realizados.

– Cabe esclarecer também que Ary Graça, que já se encontrava licenciado, entregou sua carta de renúncia definitiva em 20/12/2013 ao Presidente Walter Pitombo Laranjeiras e que a mesma somente foi ratificada hoje na Assembleia Geral Ordinária da CBV.

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