“Está na hora de a gente moralizar o nosso futebol”, afirma Romário
Presidente reeleito da Fifa será interrogado pelo Ministério Público da Suíça sobre as suspeitas de compra de votos para as Copas 2018 e de 2022. Em meio ao maior escândalo de corrupção da história da entidade, Joseph Blatter ganhou o direito de seguir no comando.
No Brasil, o Congresso Nacional deve investigar as irregularidades envolvendo a CBF. O deputado Sílvio Torres, que foi relator da CPI da Nike nos anos 2000, lamenta que a corrupção no futebol nunca teve fim.
“A dimensão dos esquemas e dos desvios que já ocorriam naquela época já eram suficientes para indicar que precisava parar, que estava levando isso para uma impunidade, para uma falta de total interesse público. A CBF estava transformando o futebol brasileiro em um negócio privado. Ela se dizia entidade privada, mas achava que o futebol brasileiro era negócio privado dela. E nós denunciamos”, disse.
O deputado federal Sílvio Torres lembra que, na época, a Comissão comprovou os repasses fraudulentos da CBF às federações locais. O idealizador da nova CPI, o senador Romário, defendeu a abertura da ‘caixa preta’ do futebol brasileiro.
“Está na hora de a gente reformular, rever, e principalmente moralizar o nosso futebol. Essa CPI tem um encaminhamento de investigar a CBF. A CBF é a mandatária, é o órgão maior do nosso futebol. Chegou o momento crucial para a gente, definitivamente, abrir a caixa preta da CBF, do futebol do Brasil e, o mais importante, mostrar ao brasileiro que o que tem acontecido no Brasil o povo não merece e o futebol brasileiro muito menos”, disse Romário.
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