Ex-médico da F1 pede que fãs comecem a se despedir de Michael Schumacher

Médico-chefe da Fórmula 1 entre 2005 e 2012, Gary Hartstein admitiu, em seu blog, que está preocupado com o estado do ex-piloto Michael Schumacher, que está internado desde dezembro de 2013, após sofrer acidente enquanto esquiava nos alpes franceses. Enquanto fãs de todo o mundo aguardam novas notícias sobre a saúde do alemão, Hartstein pediu aos fãs do heptacampeão para que se preparem para o pior. Ele afirmou ainda que os fãs podem começar a se despedir do ídolo.

Baseado na sua experiência, o médico comentou o caso crítico do ex-piloto mais vitorioso da Fórmula 1. “Sempre soube que Michael era adorado. Passei anos em circuitos repletos pela cor vermelha [da equipe Ferrari] em bonés, bandeiras e camisetas. Ainda estou sensibilizado pela persistência do amor dos fãs dele. Enquanto ficava preocupado com o que vai acontecer, percebi que a falta de atualizações sobre o quadro clínico pode ser um indício para começarmos a nos despedir dele. De alguma forma, acho que os fãs vão ficar bem, pois estão tendo tempo para processar tudo”, escreveu.

Hartstein ainda criticou a postura da assessoria de Schumacher, que não emite uma nota oficial desde o início do mês de março. No último comunicado divulgado, a família de Schumacher disse estar confiante no fato de que o ex-piloto erá acordar.

Sobre a possibilidade de Schumacher acordar e permanecer em estado vegetativo, Harstein afirmou que, segundo ele, a expectativa de vida pode variar de meses a alguns anos, já que depende das condições físicas da pessoa e da qualidade dos cuidados médicos. “Mas existem outros fatores imponderáveis. Eles geralmente morrem de infecções respiratórias ou urinárias. Sobrevivências mais longas já foram relatadas, mas são exceções”, finalizou.