Ceni admite ‘peso gigantesco’ de eliminação e explica saídas de Everton Ribeiro e Arrascaeta
O treinador do Flamengo também respondeu se está na corda bamba; confira
O Flamengo foi eliminado da Copa Libertadores da América nas oitavas de final, na noite da última terça-feira, 1º, em pleno Maracanã. O Rubro-Negro teve Rodrigo Caio expulso, viu o time argentino abrir o placar e buscou o empate com Willian Arão no fim, mas acabou deixando a principal competição da América do Sul nas cobranças de pênaltis – o próprio volante desperdiçou uma batida. Em entrevista coletiva, o treinador Rogério Ceni reconheceu o “peso gigantesco” da desclassificação e respondeu se está pressionado no cargo – o técnico chegou ao clube há 21 dias, mas também não impediu a eliminação do conjunto carioca na Copa do Brasil, diante do São Paulo.
“O peso da eliminação é gigantesco. A Libertadores é o campeonato mais significante dos torneios que disputamos na América do Sul. Não há como mensurar o tamanho do prejuízo, que não é só financeiro, mas também de confiança do dia a dia. O que nós temos que fazer é continuar firme, trabalhando e tentando fazer com que o time produza mais para buscar o título que falta, que é o Brasileirão”, disse Ceni. “Pressionado no cargo? Eu sou muito feliz de trabalhar jogadores como esses. Nos dois últimos times em que trabalhei, foram com jogadores do mais alto nível e qualidade. Eu sei da entrega diária e da minha dedicação. Hoje faz 21 dias que eu estou aqui, trabalhando de 12 a 14 horas por dia e pensando como o time melhore e aumente sua intensidade. Quanto aos atletas, só tenho coisas boas para falar sobre eles. Para mim, uma oportunidade fantástica na vida. Infelizmente, a Libertadores fica para trás”, completou.
Rogério Ceni foi muito questionado pela torcida flamenguista por ter sacado De Arrascaeta e Everton Ribeiro enquanto o time precisava buscar o empate contra o Racing – o treinador preferiu manter Bruno Henrique e Vitinho no ataque, além dos volantes Willian Arão e Gerson. Na coletiva, o “Mito” justificou as trocas dos meio-campistas.
“Primeiro, ambos foram inclusos no jogo e jogaram até a expulsão do Rodrigo Caio. Nós reforçamos o meio-campo e colocamos Bruno Henrique na esquerda e Vitinho na direita, com o Pedro centralizado e dois volantes por trás. Tudo isso para manter a pressão. Era um jogo em que, por mais qualidade que os dois tenham, se fazia necessária a velocidade pelos lados. Até porque tinha o Gerson pelo meio e depois entrou o Diego. Abrimos mão de um zagueiro, mantendo um homem de referência que era o Pedro, que não tinha condição de jogar 90 minutos, apenas uns 30 minutos. Essas foram as escolhas do jogo, que muitas vezes são analisadas de trás para frente. Do último pênalti até a primeira mudança. O resultado final não expressou o que a equipe entregou”, explicou Ceni.
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