Jovem Pan
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Mauro Beting: Fábio Luís Carille

Quando Fábio Luís chegou ao Corinthians no segundo semestre de 1995 para a disputa do Brasileiro, quase ninguém deu bola ao lateral-esquerdo que vinha do XV de Jaú e que deixaria o Parque São Jorge em 1996.

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Quando Fábio Carille chegou ao Corinthians para trabalhar na comissão técnica de Mano Menezes em 2009 vindo de Barueri, também não houve notícia na mídia e repercussão na torcida.

Quando ele assumiu como interino efetivado até o final de 2016 em substituição a Cristóvão Borges, quase ninguém apoiou a decisão da direção – que logo mudou de ideia e trouxe Oswaldo de Oliveira que só terminaria melancolicamente a temporada.

Quando assumiu para valer no começo de 2017 em substituição ao substituto Oswaldo, e como opção a Reinaldo Rueda, Guto Ferreira e Jair Ventura, muita gente não achava que daria certo. Ele mesmo resolveu fechar a casinha no Paulistão para não perder os primeiros jogos e manter um mínimo de tranquilidade e segurança para botar o Timão dele em campo.

O título do SP-17 foi uma boa supresa. O primeiro turno brilhante do BR-17 foi história. A recuperação no final do returno foi histeria. O hepta foi a consagração de um trabalho muito acima da encomenda.

Sem Jô e Arana, mas com um elenco menos limitado, não se cobrava tanto no SP-18. E veio o bicampeonato na casa do rival de melhor campanha. Calando novos e velhos críticos. Com boas alternativas táticas. Com inegáveis méritos do treinador vencedor como veterano.

Superando até os humores do novo velho presidente do clube. E os próprios maus humores com as cobranças excessivas. Ou com declarações que ele mesmo assumiu infelizes e também exageradas.

Não foi o Al-Ahli esperado. O clube árabe que o contrata é outro. Como o Fábio Luís é outro. O Fábio Carille também. E o Corinthians, com Osmar Loss, promete continuar o mesmo.

Muito pelo excelente trabalho dele. Muito pela direção corintiana desde 2008 manter uma linha de trabalho é uma ideia que dá jogo. Títulos. E mais um grande treinador como Carille.

Apaixonado que disse na Jovem Pan que só um caminhão de dinheiro o tiraria do clube. Foram dois. Oi três. Isso também se entende. Espero que o compreendam pela escolha que garante um futuro melhor aos netos. E tranquilidade para na volta escolher clube. Ou mesmo um período de estudos. Para voltar a ser o cara discreto que merecidamente vai ganhar ainda mais na carreira.

O cara que deixa o corintiano triste e os rivais felizes pela partida.

O maior mérito dele em tão pouco tempo de carreira como treinador principal.

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