Ex-goleiro do Botafogo revela que sofreu racismo da CBF na Seleção Brasileira sub-20
Por causa de uma guerra no Iraque, a competição, que era sediada nos Emirados Árabes, acabou sendo cancelada. Quando ele foi remarcada, Jefferson foi convocado, porque o racista tinha saído da CBF: “eu estava no banco do Max na Série B, então nem estava esperando. Então recebi uma ligação do Paquetá: ‘e aí, está preparado para voltar à Seleção? A gente ia te convocar lá atrás, só que a gente foi barrado, porque não poderia convocar goleiros negros. Tinha uma pessoa na CBF que falou que não poderia convocar. Essa pessoa saiu e agora podemos fazer o que quisermos'”, revelou.
O agora ex-goleiro foi reserva no início da competição, com Fernando Henrique como titular, mas ganhou a posição ao longo do torneio. A equipe foi campeã da competição, vencendo a Espanha na decisão. O time tinha nomes como Daniel Alves, Fernandinho, Kleber Gladiador e Nilmar.
Antes, quando o arqueiro atuava no Cruzeiro, em 2003, encontrou resistência da cúpula do clube para ser alçado ao time profissional. O técnico da época, Luiz Felipe Scolari, chegou a afirmar que um membro da diretoria “preferia um goleiro loiro, alto, porque achava mais interessante”.
Jefferson teve o ápice da carreira no Botafogo, com duas passagens, de 2003 a 2005 e de 2009 a 2018. Na segunda delas, chegou à Seleção Brasileira principal, com 22 partidas disputadas entre 2010 e 2015.
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