Flamengo usa leitura labial e descobre novas ofensas raciais de Ramírez; entenda
Meia colombiano também teria sido racista com Bruno Henrique pouco depois da confusão com Gérson; clube informou que tem provas e elas serão apresentadas ao STJD e à polícia
O vice-jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, usou suas redes sociais para trazer mais informações sobre o caso de racismo envolvendo Gérson e Ramírez, do Bahia. De acordo com Rodrigo, o clube contratou o Instituto de Educação de Surdos (INES) para fazer uma análise da leitura labial da partida entre as equipes ocorrida no último domingo, 20, no Maracanã. O estudo revelou que Indio Ramírez teria proferiu insulto ao atacante Bruno Henrique depois da confusão com Gérson. O membro do jurídico afirmou ter prova do ato e as mesmas serão entregues ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e à polícia.
O Flamengo encomendou a especialistas do INES – INSTITUTO DE EDUCACAO DE SURDOS, uma leitura labial da situação do Ramirez com o Bruno Henrique momentos antes do que se passou com o Gerson. A prova revelou que teria havido a ofensa, vamos apresentar ao STJD e entregar a polícia.
— Rodrigo Dunshee de Abranches (@roddunshee) December 22, 2020
De acordo com um levantamento de leitura labial feito pelo portal Ge, o meia colombiano proferiu a seguinte frase a Bruno Henrique: ‘Está falando muito, seu negro’. A ofensa ocorreu aos 20 minutos do segundo tempo, 13 minutos depois de Ramírez ser acusado por Gerson de injúria racial. O meia, inclusive, compareceu a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio de Janeiro para prestar depoimento sobre o caso. Gerson estava acompanhado de Rodrigo Dunshee de Abranches, pelo advogado Rômulo Holanda, além de seu pai, Marcão, que também é seu empresário. Em vídeo, Gerson se pronunciou. “Vim falar sobre o ocorrido, mas não vim falar apenas sobre mim. Quero deixar bem claro que falo pela minha filha, que é negra. Pelos meus sobrinhos, que são negros. Meu pai, minha mãe, amigos .. por todos os negros no mundo. Hoje tenho status de jogador de futebol e voz ativa para poder falar e dar força às pessoas que sofrem racismo ou outros tipos de preconceito”, declarou.
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