FPF e Prefeitura de SP fecham acordo e anunciam primeira Copinha Feminina; veja detalhes
Administração municipal se comprometeu a investir R$ 3,5 milhões para arcar com o suporte operacional e viabilizar a realização do campeonato
A Copa São Paulo de Futebol Júnior, principal torneio entre atletas de categoria de base do Brasil, vai ganhar uma versão para as mulheres. Nesta sexta-feira, 2, a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a Prefeitura de São Paulo entraram em acordo para lançar a primeira Copinha Feminina. Em comunicado, a administração municipal se comprometeu a investir R$ 3,5 milhões para arcar com o suporte operacional e viabilizar a realização do campeonato. Programada para dezembro de 2023, a competição entre jovens contará com a participação de 16 equipes que serão divididas em quatro grupos. Após a fase de grupos acontecem as semifinais e a grande final. A definição dos participantes acontecerá nos próximos meses. “Nosso objetivo é continuar dando oportunidades para todos e trazer cada vez mais as mulheres para a prática esportiva. Ações como essa são muito importantes e ainda podem render frutos com a revelação de novos talentos”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
Vice-presidente da FPF, Mauro Silva destacou que essa parceria é um gol de placa da gestão Ricardo Nunes. “É uma decisão muito importante pois é uma reparação histórica. As mulheres foram proibidas de jogar futebol durante 40 anos no Brasil e quem organizou a primeira Copa São Paulo de Futebol Masculino foi a secretaria [de Esportes]”, contou. O secretário municipal de Esportes e Lazer, Cacá Vianna, contou que as tratativas para realização da competição já acontecem desde 2022. “Mais uma vez a cidade de São Paulo mostra para o mundo a importância das meninas do futebol brasileiro partindo de São Paulo. É um início e tenho certeza de que as próximas edições serão muito maiores”, explicou. “São Paulo sai na frente principalmente naquilo que é de bom para o esporte, que é o maior incentivo de transformação social que a gente tem no Brasil. Será mais do que um campeonato. É uma forma de reparar aquele direito que lá atrás na ditadura militar foi tirado das meninas que tinham a vontade de jogar futebol”, completou.
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