Audiência entre Neymar e Barcelona por bônus de renovação acaba sem acordo

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2019 13h16
EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON Neymar, atacante da seleção brasileira e do PSG

A audiência realizada nesta sexta-feira entre os representantes de Neymar e o Barcelona, em um tribunal da capital da Catalunha, para discutir o bônus da renovação de contrato do atacante brasileiro assinada em 2016, terminou sem acordo.

O clube defendeu o argumento que se tratava de uma cláusula de fidelidade, enquanto os advogados do agora jogador do Paris Saint-Germain aponta que o montante se refere a uma compensação fiscal, de acordo com fontes ligadas ao processo, que corre no Tribunal número 15 de Barcelona.

A presença do atacante era aguardada, especialmente, porque ele chegou na capital da Catalunha ontem à tarde, mas acabou indo embora hoje pela manhã, sem ir ao tribunal.

De acordo com informações apuradas pela Agência Efe, Neymar alega teria recebido apenas uma parte do bônus estipulado em contrato, já que o restante deveria ser pago antes de 31 de julho de 2017, mas o Barça, diante da negociação do brasileiro com o Paris Saint-Germain, acabou bloqueando o restante.

O atacante de 27 anos processou o antigo clube por ter recebido apenas 14 milhões de euros das luvas, cujo valor total era de 43 milhões. Por sua vez, o Barcelona cobra do jogador 75 milhões de euros por descumprimento de contrato.

“Havia indícios que Neymar estava em conversas com o Paris Saint-Germain. Há dados e ações que mostram isso. Foi o que percebemos durante muito tempo e ficou confirmado em 3 de agosto de 2017, quando assinou um contrato de trabalho com o Paris Saint-Germain”, afirmou o porta-voz ‘blaugrana’, Josep Vives.

Gustavo Ribeiro, um dos advogados de Neymar que participou da audiência de hoje, garantiu que havia um acordo prévio, que justifica a ação do jogador contra o clube.

“Dissemos a eles que, por como tinham feito as coisas no primeiro contrato, respondíamos a um processo fiscal no Brasil, de 42 milhões de euros. A princípio, pedíamos 95 milhões, mas foram 64,4, porque iríamos cobrar tudo na assinatura do novo contrato. Eram para compensar esse prejuízo”, explicou.

Os dois processos cruzados que foram colocados em pauta nesta sexta-feira no Tribunal número 15 de Barcelona terão sentenças anunciadas no dia 21 de outubro, depois que as duas partes apresentarem as conclusões por escrito.

* Com informações da EFE

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