Bayern de Munique corta salários de atletas que não receberam vacina contra Covid-19

De acordo com as novas leis na Alemanha, empresas podem reduzir os vencimentos de pessoas não imunizadas e os jogadores foram enquadrados nesta recomendação do governo

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2021 17h42
EFE Kimmich em ação com a camisa do Bayern de Munique Kimmich em ação com a camisa do Bayern de Munique

O Bayern de Munique informou que Joshua Kimmich, Serge Gnabry, Musiala, Cuisance e Choupo-Moting serão baixas no confronto diante do Dínamo de Kiev, nesta terça-feira, 23, pela Liga dos Campeões, “após contato com uma pessoa diagnosticada com a Covid-19”. O quinteto é contra a vacinação e terá o salário cortado neste período de quarentena obrigatório de, no mínimo, uma semana. De acordo com as novas leis na Alemanha, empresas podem reduzir os vencimentos de pessoas não imunizadas e os jogadores foram enquadrados nesta recomendação do governo, regulamentada no dia 1° de novembro. O Gigante da Baviera, inclusive, vem sofrendo com a insistência de seus atletas evitarem as vacinas. Na semana passada, antes da derrota para o Augsburg, pelo Campeonato Alemão, eles foram impedidos de se concentrarem com o elenco em um hotel na Baviera. Mesmo assim, três deles estavam entre os relacionados.

De acordo com a imprensa alemã, o quinteto ficou irritado pelo vazamento da notícia que terá o salário cortado e ameaça ir à justiça contra o clube. Kimmich já falou abertamente que não tomará vacina antes de saber quais serão as reações num período curto. O assunto irritou o técnico Julian Nagelsmann, que pediu para tais notícias serem preservadas dentro do clube para evitar tumultos desnecessários. “Não estou feliz que certas informações internas vazem. Sobre coisas privadas, coronavírus, o motivo, o que eles têm que pagar, o que eles recebem e o que não recebem. Não são coisas que põem em risco o nosso sucesso esportivo, mas seria bom se fosse um pouco mais fechado. Faz parte do negócio, mas não é a parte boa do negócio”, disparou. “Basicamente, me divirto mais quando tudo vai bem. Esses ruídos fazem parte do Bayern, sempre foi assim. Porém, me surpreendo que sejamos o único clube que passa por algo assim”, seguiu o técnico, dizendo aceitar a opinião de todos e achando exagerada a polêmica.

*Com Estadão Conteúdo

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