Uefa anuncia novo formato da Liga dos Campeões em meio à crise provocada pela Superliga

Com a mudança, o principal campeonato entre clubes do Velho Continente passará a ter 225 jogos, ou seja, 100 a mais do que os atuais 125

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2021 13h13
Divulgação taça da liga dos campeões Taça da Liga dos Campeões da Europa

A Uefa anunciou na tarde desta segunda-feira, 19, que a Liga dos Campeões da Europa e a Liga Europa terão um novo formato a partir da temporada 2024/2025. A “Champions League” vai mudar de tamanho: de 32 para 36 equipes participantes, sem a tradicional fase de grupos de oito chaves e quatro times. A competição passará a adotar um formato tradicional de liga, neste caso chamado de “modelo suíço”. Assim, o principal campeonato entre clubes do Velho Continente passará a ter 225 jogos, ou seja, 100 a mais do que os atuais 125.

Desta forma, cada time terá um mínimo de 10 jogos de liga (cinco em casa, cinco fora), contra 10 adversários diferentes. Os oito melhores na fase inicial se garantirão diretamente no mata-mata. Os times que terminarem entre a nona e a 24ª posição na tabela geral vão encarar um “playoff”. Os 16 “sobreviventes” disputarão às oitavas de final. O modelo será o mesmo na Liga Europa. “Esse formato evoluído vai manter vivo o sonho de qualquer time da Europa de participar da Liga dos Campeões graças aos resultados obtidos dentro de campo, e também vai permitir viabilidade a longo prazo, prosperidade e crescimento para todos do futebol europeu, não apenas um pequeno e auto-escolhido cartel”, declarou o presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferin.

A mudança acontece em meio à crise provocada com a criação da Superliga, competição fundada no último domingo, 18, por 12 gigantes clubes europeus e que será uma espécie de concorrente à Liga dos Campeões da Europa. Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham (Inglaterra); Inter de Milão, Juventus e Milan (Itália); Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid estão à frente do projeto, que visa contar com mais três membros fixos do torneio. A Uefa, porém, tenta reverter a situação, aplicando sanções aos envolvidos para impedir a realização da competição.

 

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