Único brasileiro na decisão da Liga dos Campeões, Ederson busca redenção e entrada em clube seleto

Após falhas em edições recentes da Champions, ídolo do City tenta se juntar a Alisson (Liverpool), Julio César (Inter de Milão) e Dida (Milan) como goleiros brasileiros campeões do torneio europeu

  • Por Flavia Matos
  • 10/06/2023 10h00
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Paul ELLIS / AFP ederson Ederson foi campeão de quase tudo com o City desde que chegou e levantou a tríplice coroa em 2022/23

Aos 29 anos, Ederson faz parte da lista de atletas mais importantes da história do Manchester City. Com 13 taças em seis anos, o goleiro tentará neste sábado, 10, a maior delas: seu primeiro título europeu (inédito também na história dos Citizens). Além disso, o City busca a tríplice coroa depois de ter vencido a Premier League e a Copa da Inglaterra. Somente o Manchester United conseguiu vencer os três torneios na mesma temporada (1998/99). Ídolo de um dos clubes mais vencedores da atualidade, Ederson é o único brasileiro na finalíssima da Liga dos Campeões deste sábado, 10, contra a Inter de Milão. Caso vença o torneio, se junta a Alisson (Liverpool), Julio César (Inter de Milão) e Dida (Milan) como goleiros brasileiros campeões. Após falhas nas quartas de final de 2019/20 e erro na decisão de 2021/22, o brasileiro era visto como “não-confiável” na Champions, mas chega nesta final para mudar esse estigma. Nessa temporada, fez dez jogos, seis deles sem sofrer gols. Segundo estatísticas da Uefa, Ederson fez 21 defesas (média de 2,1 por jogo), três delas consideradas difíceis na semifinal contra o Real Madrid.

Como tudo começou?

Ederson iniciou sua carreira no futebol em 2008, nas categorias de base do São Paulo. No entanto, no ano seguinte foi dispensado por telefone e resolveu viajar para Portugal, onde entrou nas categorias de base do Benfica. No país luso, ele se destacou e foi contratado pelo Ribeirão, em 2011, disputando a Segunda Liga. Só ficou uma temporada e assinou com o Rio Ave, mas acabou voltando para o Benfica em 2015. Nas Águias, era banco de Julio Cesar, mas se aproveitou de uma lesão do compatriota para brilhar na posição. Com dois títulos do Campeonato Português, uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga, Ederson chamou a atenção do Manchester City, que o contratou em 2017 por 40 milhões de euros (R$ 145 milhões na cotação daquele ano). Foi, na época, a segunda maior transferência de um goleiro na história. Em Manchester, já sob o comando de Pep Guardiola, Ederson assumiu a titularidade, que antes era de Claudio Bravo. Em sua primeira temporada na Premier League, fez 36 jogos e passou 16 sem levar gol.

Seus números foram melhorando e, em 2018/19, chegou aos 55 jogos e 28 clean sheets (jogos em levar gol). Nesta mesma temporada, se tornou o primeiro goleiro do Campeonato Inglês a dar uma assistência. Na ocasião, o brasileiro lançou para Sergio Agüero marcar o gol de abertura da goleada por 6 a 1 contra o Huddersfield Town. Em 2019/20 e 2020/21, venceu o prêmio Luva de Ouro de melhor goleiro da Premier League. Como recompensa por seu desempenho, o City estendeu seu contrato até 2026 e teve compensação imediata: em 2021/22, ele compartilhou com Alisson (Liverpool) a premiação. Em 2022/23, Ederson jogou 35 vezes, alcançou 11 clean sheets e deu uma assistência, mas não conseguiu levar o prêmio novamente. Segundo goleiro na seleção brasileira, ele também busca o título da Champions League para, quem sabe, ultrapassar Alisson e assumir a titularidade da amarelinha com um novo técnico.

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