Paulo Guedes diz que árabes vão comprar dois times de futebol no Brasil
Ministro conta ter sugerido a compra do Flamengo, enquanto outros membros da comitiva presidencial em viagem teriam mencionado Palmeiras e Vasco
Após viagem ao Oriente Médio, o ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, afirmou que investidores árabes prometeram ‘comprar’ dois times de futebol brasileiros. O ministro não deu maiores detalhes, como o país dos investidores – ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de outros membros da comitiva, Guedes passou por Bahrein, Catar e Emirados Árabes. “Eles anunciaram: ‘calma, nós vamos comprar dois times; estamos examinando e vamos comprar dois times’. Eles vêm aí com os investimentos. Isso ontem e anteontem na viagem”, afirmou Guedes durante um evento em Brasília nesta quinta, 18.
Segundo o ministro, ele tentou ‘vender’ o Flamengo, enquanto outros membros da comitiva falaram no Vasco e no Palmeiras. “[Os árabes] Vão investir em estradas, vão investir em poços de petróleo, até em clubes de futebol. Eles compraram o Manchester United, compraram o Cristiano Ronaldo, etc. Então, vários brasileiros da comitiva começaram a pensar. Eu pensei: ‘vem ser sócio do Flamengo’. Aí tinha um outro lá do lado, que é vascaíno, e falou: ‘vem para o Vasco’. Eu falei ‘olha, vai perder dinheiro’. Tinha um outro palmeirense, que falou para comprar o Palmeiras”, contou Guedes, também destacando que teria ouvido promessas de que de R$ 10 bilhões seriam investidos no Brasil por parte dos árabes.
No entanto, o ministro se equivocou: o Manchester United não é de propriedade de árabes, e sim da família norte-americana Glazer. Por outro lado, o Manchester City, do técnico Pep Guardiola, é propriedade dos Emirados Árabes Unidos; o PSG, que conta com Neymar e Messi, é da família real do Catar, e recentemente o Newcastle foi comprado por um fundo de investimentos estatal da Arábia Saudita, mas ainda não houve tempo para a contratação de grandes jogadores para a equipe. Além disso, Palmeiras, Flamengo e Vasco, não poderiam ser comprados por investidores atualmente, pois são organizações privadas sem fins lucrativos e não manifestaram vontade de aderir ao projeto de lei que regulamentou a criação dos ‘clubes-empresa’. Entre os principais times do Brasil, o Botafogo demonstrou essa vontade e o América-MG, que está na Série A, já tem um acordo para se transformar em empresa.
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