Presidente do TJD critica ‘radicalismo’ de Doria e cogita Paulistão fora de SP
Em entrevista ao ‘Camisa 10’, do Grupo Jovem, o Delegado Olim afirmou que a ideia da Federação Paulista de Futebol é romper com o governado do Estado de São Paulo
Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de São Paulo (TJD-SP), o Delegado Olim confirmou a informação de que o Campeonato Paulista será paralisado devido ao agravamento da pandemia da Covid-19. Em entrevista ao programa “Camisa 10”, do Grupo Jovem Pan, entretanto, ele tratou a medida adotada pelo governador João Doria (PDSB) como “radical” e afirmou que a Federação Paulista de Futebol (FPF) irá romper com o governo estadual. Além disso, Olim cogitou a continuidade do Paulistão em outro local. “O futebol de São Paulo vai romper com o governo. E mais: se tiver condição de fazer em outro lugar, vamos fazer. Futebol é a única diversão do povo. Está na hora de romper mesmo com o governo. Às 15 horas desta quinta-feira, terá uma reunião com os clubes e com a Federação. Eu acho que o futebol não atrapalharia nada a evolução da pandemia. Só entra jogadores, comissão técnica e juízes”, comentou o Delegado. “É um radicalismo do governo de São Paulo”, completou.
Questionado sobre como funcionaria a disputa do Paulistão fora Estado de São Paulo, Olim afirmou que o tema será discutido em uma reunião com a FPF e os clubes ainda nesta quinta-feira. “Tudo será decidido na reunião às 15 horas. Acredito que será complicado jogar em outro Estado, mas acho que até a CBF estará ao lado da Federação Paulista. Unidos, vamos chegar a um acordo. O governador já decidiu que será paralisado, mas ninguém aguenta mais o lado político dele. Estamos nessa há um ano, e não mudou nada. Ele quebrou o comércio e os empresários, só isso. Em São Paulo, que se falava que tinha leitos, agora não tem mais. Tem gente morrendo nas filas, como lá em Taboão da Serra”, afirmou.
Por fim, Olim ainda lamentou a paralisação, reforçando que os clubes paulistas serão prejudicados financeiramente com a medida. “Já não tem arrecadação porque não tem público, mas o futebol tem os seus compromissos. O futebol vive da propagada também. Acaba prejudicando muito. Imagina os clubes pequenos. As pessoas vivem da alegria do futebol. A Federação tem 4.500 jogos, contando todas as categorias. São milhões de pessoas que vivem do futebol. De uma hora para outra, ele [Doria] vai parar. Os protocolos são rígidos. Ninguém entra em campo se não tiver feito o exame da Covid-19. Eu precisei fazer um teste também ao ir em um jogo. É inadmissível isso”, encerrou.
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