Renato Augusto se surpreende com vida na China: “a gente tem preconceito”

  • Por Jovem Pan
  • 12/12/2017 12h00 - Atualizado em 12/12/2017 12h05
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Reprodução Renato Augusto, China, Beijing Guoan Craque do Campeonato Brasileiro de 2015, Renato Augusto renovou com o Beijing Guoan até 2021

Renato Augusto não esperava muito do dia-a-dia na China. Quando deixou o Corinthians como craque do Campeonato Brasileiro, no início de 2016, o hoje meia titular da Seleção tinha expectativas baixas com relação à vida na Ásia. Quase dois anos depois, no entanto, considera-se surpreendido.

“Na verdade, a gente tem um certo preconceito com o que existe lá na China”, afirmou o jogador de 29 anos, em entrevista exclusiva a Mauro Beting que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan. “Eu fui esperando uma coisa bem abaixo e encontrei uma coisa bem acima. Isso me deu tranquilidade e me ajudou na adaptação”.

No Beijing Guoan desde janeiro de 2016, Renato Augusto vive no coração da capital chinesa, Pequim. Como mora perto do estádio e não é tão assediado nas ruas, tem mais liberdade para circular pela metrópole e curtir, ao lado da família, tudo o que ela pode lhe oferecer.

“Eu moro colado no estádio, a menos de cinco minutos. E ele fica bem no centro da cidade… Então, eu tenho um estilo de vida um pouco diferente do que tinha no Brasil. Tenho tempo para fazer as minhas coisas, curtir a minha família e aproveitar o que a cidade tem para me proporcionar. É uma cidade incrível, que tem restaurantes incríveis, uma vida noturna muito boa. É um bom lugar.”

Outra diferença diz respeito à relação com a imprensa. Ao contrário do que acontece no Brasil, o jornalismo esportivo chinês não é tão participativo. Os repórteres pouco vão a treinos e não fazem uma cobertura tão aprofundada da rotina dos clubes. Para Renato, trata-se de uma forma mais fria de se acompanhar o futebol.

“Não existe um acompanhamento tão grande da imprensa da China”, afirmou. “É mais em dia de jogo e com alguns atletas, porque os estrangeiros falam bem pouco. Na Alemanha também é diferente, não tem o contato diário que existe aqui no Brasil. De certa forma, eu sinto saudade da imprensa brasileira (risos).”

A prova de que Renato está feliz na China veio em novembro. Na ocasião, ele assinou renovação com o Beijing Guoan por mais quatro anos. Agora, o novo vínculo vai até 2021.

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