Senado cria CPI para investigar indenizações às vítimas de acidente da Chapecoense
O Senado Federal instalou nesta quarta-feira (10) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a situação das famílias das vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas, entre membros da delegação, jornalistas e convidados, nas proximidades da cidade de Medellín, na Colômbia, antes da final da Copa Sul-Americana. A queda do avião ocorreu em novembro de 2016.
A CPIChape, como está sendo chamada, tem como objetivo investigar o motivo das famílias das vítimas não terem recebido as indenizações. Na próxima terça-feira (17), será realizada uma reunião para aprovar o plano de trabalho da CPI. As atividades devem começar apenas em fevereiro. A Comissão terá um prazo de 180 dias para realizar a investigação. Pelo fato das seguradoras serem estrangeiras, a CPI não pode obrigar o pagamento, mas os parlamentares tentam meios de minimizar o drama das famílias.
As famílias das vítimas contam que ainda buscam indenizações das seguradoras, três anos após o acidente. O seguro da CBF e da Chapecoense foram pagos. Trata-se de um seguro obrigatório previsto pela Lei Pelé para todos os clubes de futebol. O valor equivale a doze vezes a remuneração do atleta. Por se tratar de morte não natural, o seguro prevê o dobro do valor. A indenização se baseia na remuneração expressa na carteira de trabalho, sem levar em consideração os direitos de imagem.
CPIChape
A Comissão será composta por 11 membros titulares e 7 suplentes. O presidente será o senador Jorginho Mello (PL-SC), com vice-presidência do senador Dário Berger (MDB-SC) e a relatoria do senador Izalci Lucas (PSDB-DF).
“Esta CPI é uma forma de chamar a atenção de todos para que a gente consiga ajudar as famílias dos jogadores e da diretoria. Vamos trabalhar para ajudar nem que seja um pouquinho os familiares das vítimas da Chapecoense”, disse o presidente .
“A CPI já chega tarde, mas vem em boa hora para que nós possamos esclarecer à sociedade brasileira e até à sociedade mundial que esse acidente tem características muito mais distantes do que a questão local. Certamente foi fruto de negligência e poderia ter sido evitado”, comentou o vice-presidente.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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