Veiga, Neymar, Alex e mais: Confira o time de ‘injustiçados’ na seleção brasileira 

Na esteira da polêmica provocada por Tite em relação ao atual craque do Palmeiras, a Jovem Pan relembrou alguns atletas que também geraram comoção popular

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2022 08h00
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Cesar Greco/Ag. Palmeiras - 03/04/2022 Raphael Veiga segura a taça do Campeonato Paulista Raphael Veiga, destaque do Palmeiras, não foi lembrado por Tite

Tite divulgou a lista de jogadores convocados para os jogos da seleção brasileira contra Coreia do Sul e Japão na última quarta-feira, 12. Apesar de ter sido elogiado por lembrar de Danilo, volante do Palmeiras, o treinador também foi criticado por não chamar o meio-campista Raphael Veiga, um dos principais nomes do Verdão dos últimos anos. Durante a vitória do Alviverde sobre a Juazeirense, pela Copa do Brasil, o técnico da Canarinho foi xingado por vários palmeirenses: “Tite, c****, o Veiga é seleção”. Nas redes sociais, o ídolo do Corinthians também recebeu rejeição de parte do público que gostaria de rever Hulk, destaque do Atlético-MG, representando o Brasil.

A convocação de Tite foi a penúltima antes da lista final para a Copa do Mundo de 2022, marcada para acontecer entre 21 de novembro e 18 de dezembro deste ano. Ou seja, além de Raphael Veiga e Hulk, outros atletas do futebol brasileiro, como os flamenguistas Gabriel Barbosa e Everton Ribeiro, viram a possibilidade de disputar o Mundial do Catar diminuir. A reclamação de parte da torcida da seleção é que esses jogadores estão sendo “injustiçados”, já que comprovam seu talento em campo com certa frequência. Na esteira da polêmica provocada por Tite, a Jovem Pan relembrou alguns atletas que atravessaram situação parecida e que também geraram comoção popular. Veja abaixo.

Fábio 

Fábio deixou o Cruzeiro após 17 anos e quase mil jogos pelo clube

Fábio deixou o Cruzeiro após 17 anos e quase mil jogos pelo clube

A torcida do Cruzeiro ficou inconformada com a ausência de Fábio nas convocações da seleção brasileira. Um dos maiores ídolos da Raposa, o goleiro foi bicampeão do Brasileiro (2013 e 2014) e tri da Copa do Brasil (2000, 2017 e 2018), mas nunca foi chamado para representar as cores do Brasil, seja em torneios oficiais ou em amistosos. Em diversas ocasiões, o arqueiro, atualmente no Fluminense, demonstrou sua indignação.

Sylvinho 

Sylvinho lamentou a derrota do Corinthians para o Flamengo no Maracanã

Sylvinho durante derrota do Corinthians no Campeonato Brasileiro

No começo da temporada 2022, Sylvinho foi demitido pela diretoria do Corinthians com apenas três rodadas do Campeonato Paulista disputada. Para muitos, no entanto, esta não é a maior injustiça sofrida pelo técnico, que está desempregado desde então. Na época em que era jogador, o lateral trilhou uma bela carreira, destacando-se no Corinthians e passando por gigantes da Europa, como Barcelona, Arsenal e Manchester City. Sua trajetória na seleção brasileira, entretanto, foi breve. Para muitos torcedores corintianos, o “cria do Terrão” poderia ser reserva de Roberto Carlos na Copa do Mundo de 2002, posto ocupado por Júnior. Já em 2006, Carlos Alberto Ferreira preferiu chamar Gilberto.

Cléber

Campeão brasileiro (1993) e Paulista (1994), Cléber tinha apoio da torcida do Palmeiras para ser convocado para o Mundial realizado nos Estados Unidos. Vivendo o auge da carreira, o zagueiro ficou de fora da lista divulgada por Carlos Alberto Parreira. A maior indignação dos palmeirenses na época, contudo, é que o defensor continuou sendo preterido após os cortes de Mozer e Ricardo Gomes por contusões. Para a vaga deles, Aldair e Ronaldão foram lembrados e participaram da campanha do tetracampeonato.

Antônio Carlos Zago

Antônio Carlos Zago atualmente treina o Bolívar, da Bolívia

Atual treinador do Bolívar, Antônio Carlos Zago foi um dos melhores zagueiros do país na década de 1990. Multicampeão em São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians, além de brilhar na Roma, o defensor poderia também ter feito história com a camisa amarelinha. Mesmo com algumas convocações, Zago foi “esquecido” por Parreira, Zagallo e Luiz Felipe Scolari nos três Mundiais em que o Brasil chegou à final. O beque participou das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, mas uma falha contra o Uruguai custou sua ida aos Estados Unidos. Publicamente, o ex-atleta considera que foi injustiçado, principalmente na Copa de 1998.

Arouca

Arouca durante treino no Santos

O meio-campista Arouca fez parte de um dos melhores times do Santos no século 21, quando brilhou nas conquistas da Copa do Brasil (2010) e da Libertadores da América (2011) ao lado de Paulo Henrique Ganso e Neymar. Na época, seu nome era pedido não apenas por torcedores santistas, como também por jornalistas renomdos. Ainda assim, o reconhecimento na seleção brasileira só aconteceu no fim de 2012. Após ganhar poucos minutos nos amistosos diante de África do Sul e China, o volante foi titular na derrota contra a Argentina e entrou no intervalo no jogo com a Inglaterra. Depois de falhar contra os ingleses, nunca mais foi chamado por Luiz Felipe Scolari.

 

Alex

Alex ficou de fora da Copa do Mundo de 2002 e 2006

O meio-campista Alex talvez seja um dos maiores injustiçados da história da seleção brasileira. No ciclo para a Copa do Mundo de 2002, o armador estava presente tanto nas Eliminatórias quanto na disputa da Copa América do ano anterior. Craque e ídolo de Coritiba e Palmeiras, ele acabou ficando de fora da lista final para o Mundial da Coreia do Sul e Japão. Na época, a ausência foi amplamente repercutida e deixou o atleta visivelmente incomodado. Em entrevista à “Playboy”, o craque confessou ter torcido contra o time de Felipão. Alex ainda foi destaque do Brasileirão de 2003, levando o Cruzeiro ao título nacional e “sobrando” no futebol brasileiro. Mais uma vez fazendo parte do ciclo para a Copa, ele também não participou na edição de 2006, época em que brilhava com a camisa do Fenerbahçe, da Turquia.

Ademir da Guia 

Futebol Campeonato Brasileiro Palmeiras Ademir da Guia Enea

Ademir da Guia é um dos maiores ídolos da história do Palmeiras

Um dos melhores jogadores do Brasil de todos os tempos, Ademir da Guia praticamente não teve oportunidades de representar o país. Lenda do Palmeiras, o “Divino” ganhou cinco vezes o Brasileiro e também foi penta do Paulista, mas só vestiu as cores da seleção brasileira em doze oportunidades. O meia chegou a ser relacionado por Zagallo para a Copa do Mundo de 1974, mas só entrou como titular na decisão do terceiro lugar, contra a Polônia.

Raphael Veiga

O Palmeiras conseguiu ser bicampeão da Libertadores da América em apenas um ano, feito que dificilmente será repetido na história do torneio da Conmebol. O Alviverde também levantou outras taças, como a da Copa do Brasil, da Recopa Sul-Americana e do Paulistão. Em todos esses momentos, Raphael Veiga foi fundamental, sendo o jogador mais criativo e decisivo do time palestrino. Apesar disso, o atleta ainda não foi lembrado pelo técnico Tite e, faltando apenas cinco meses para o Mundial do Catar, tem chances remotas de embarcar com a delegação da seleção para o país do Oriente Médio. Nas redes sociais, torcedores brincam que Veiga não é brasileiro (só isso explicaria a sua ausência nas convocações).

Paulo Henrique Ganso e Neymar

O Santos de 2010 foi, indiscutivelmente, um dos times brasileiros mais divertidos de se assistir. Liderado pela dupla Paulo Henrique Ganso e Neymar, o Peixe encantava com dribles, jogadas bem trabalhadas e muitos gols. Assim, como não poderia ser diferente, o meio-campista e o atacante passaram a ser cobrados na relação final do técnico Dunga para o Mundial daquele ano. O comandante da Canarinho, porém, considerou os jovens muito inexperientes e preferiu convocar atletas mais tarimbados, como Grafite e Nilmar, para o torneio realizado na África do Sul.

Lucas Moura

Lucas Moura colocou o Tottenham na final da Liga dos Campeões 2018/2019 com três gols na semifinal diante do Ajax

O meia-atacante formado nas categorias de base do São Paulo é outro jogador “injustiçado” da era Tite. Lucas Moura, é verdade, oscilou bastante desde que deixou o Tricolor, seja no Paris Saint-Germain ou no Tottenham, seu time atual. Para muitos torcedores, entretanto, a falta de espaço do jogador na seleção brasileira é inexplicável. Desde que o treinador assumiu a Canarinho, em 2016, Lucas só participou de duas partidas, somando 59 minutos em campo.

Confira vídeos da Jovem Pan sobre a ausência de Veiga na seleção brasileira:

 

 

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