Governo anuncia R$ 1,9 bilhão e 170 mil homens para a segurança da Copa

  • Por EFE
  • 20/02/2014 23h03
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FORTALEZA, CE, 18.06.2013: COPA DAS CONFEDERAÇÕES/BRASIL X MÉXICO - Manifestantes e policiais em via de acesso ao estádio Arena Castelão, onde jogam nesta tarde Brasil x México, pelo grupo A da Copa das Confederações, em Fortaleza. (Foto: Ferdinando Ramos/Frame/Folhapress) Ferdinando Ramos/Frame/Folhapress Manifestações marcaram parte dos jogos da Copa das Confederações

O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira investimentos no valor de R$ 1,9 bilhão e um contingente de 170 mil homens para cuidar segurança durante a Copa do Mundo de 2014, que será realizada entre os dias 12 de junho e 13 de julho em 12 cidades.

O anúncio foi feito pelo secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, Andrei Rodrigues, durante o seminário sobre logística para os técnicos das seleções que termina amanhã em Florianópolis.

Rodrigues indicou que 150 mil profissionais de segurança pública e das Forças Armadas, mais 20 mil agentes de segurança privada, estarão nas 12 sedes para cuidar da segurança em aeroportos, hotéis, estádios e vias pelas quais se deslocarão as delegações e os turistas.

Cada uma das sedes terá um Centro Integrado de Inteligência, com participação dos diferentes corpos policiais, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e representantes de segurança das companhias elétricas, de gás e água.

Apesar de a segurança dentro dos estádios e no campo ser responsabilidade dos agentes privados, o Mundial do Brasil contará também com a Polícia Militar no interior das arenas.

O plano de segurança, segundo Rodrigues, foi aprovado pelos representantes das 32 seleções, que contarão durante o torneio com um chefe de segurança qualificado pelos organismos brasileiros.

Um dos temas abordados em questão de segurança durante o seminário em Florianópolis, que começou na terça-feira e termina na sexta, foi o relacionado com os protestos e manifestações populares, que em junho do ano passado se intensificaram em plena Copa das Confederações.

“No ano passado, com as manifestações na Copa das Confederações, tivemos um dia com um milhão de pessoas nas ruas e nunca se adiou um jogo ou um só torcedor deixou de entrar ou de sair de um estádio. Imaginamos que esse conceito será o mesmo no Mundial”, ressaltou Rodrigues.

No entanto, o pesquisador do Núcleo de Estudos Sobre a Violência da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Nery, considerou em entrevista à Agência Efe que o plano projetado em matéria de segurança para a Copa é “inadequado”.

Segundo o especialista, o planejamento deveria incluir “um projeto de sensibilização das pessoas, de análise das características do lugar e de integração social”, para que a população entendesse “com tempo” as mudanças e medidas.

De acordo com Nery, um “planejamento adequado” teria, inclusive, reduzido o número de soldados que serão utilizados no Mundial e assim atender outras frentes da segurança cidadã cotidiana. EFE

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