IAAF mantém suspensão e descarta liberar Rússia para o Mundial de Atletismo
A suspensão global da Rússia de competições internacionais não deverá ser anulada antes de novembro. Foi o que indicou o presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo, Sebastian Coe, nesta segunda-feira, após a reunião do conselho da entidade, em que também foi definido o “congelamento” das naturalizações esportivas.
Coe disse que o atletismo russo não deve esperar “reintegração completa” antes de novembro, em uma declaração que exclui a Rússia de participar do Mundial de Londres, agendado para agosto.
Rune Andersen, presidente da força-tarefa da IAAF, acrescentou que, embora tenha havido “reuniões produtivas” com as autoridades russas, muitas condições ainda não foram completamente alteradas.
Na reunião anterior do conselho, em dezembro, a força-tarefa da IAAF disse que a Rússia ainda não poderia ser restabelecida devido a vários fatores, incluindo problemas com a sua agência antidoping e a ausência de aceitação das conclusões das investigações sobre o uso de substâncias proibidas no esporte russo.
A IAAF suspendeu a Rússia de todas as competições internacionais em novembro de 2015 após um relatório condenatório da Agência Mundial Antidoping apontar um grande esquema de uso de substâncias proibidas e encobrimento de resultados positivos em exames. Desde então, dirigentes do atletismo russo foram banidos, e mais relatórios detalharam o esquema.
Desde fevereiro de 2016, os testes na Rússia passaram a ser supervisionados pelo Agência Antidoping da Grã-Bretanha porque a entidade russa foi proibida de fazê-lo por acusações de corrupção. Além disso, a IAAF definiu diretrizes para atletas russos competirem sob uma bandeira neutra.
A IAAF também disse que estava congelando todas as mudanças de nacionalidade no atletismo após reclamações de que um número crescente de pessoas estava mudando de nacionalidade para países com os quais não tinham vínculo.
Coe chegou a comparar a situação com o mercado de transferências do futebol. “Falei com muitas federações que regularmente recebem uma lista de atletas que estão disponíveis”, disse. “Isso não pode ser um sistema sustentável”, acrescentou.
Atletas do Quênia e da Etiópia estão entre aqueles que frequentemente se mudaram para representarem outros países. Ruth Jebet, nascida no Quênia, venceu a prova de 3.000 metros com obstáculos nos Jogos Olímpicos de Rio competindo pelo Bahrein, país que levou a prata na maratona com Eunice Kirwa, que também nasceu no Quênia.
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