Campeões mundiais, Medina e Filipinho definem Olimpíadas como ‘oportunidade para o surfe’
João Chianca também representa o Brasil na modalidade; entre as mulheres, disputam a medalha olímpica Luana Silva, Tainá Hinckel e Tatiana Weston-Webb
Estrelas do Circuito Mundial de surfe, os brasileiros Gabriel Medina e Filipe Toledo definiram os Jogos Olímpicos como um evento especial para a modalidade. Os atletas também afirmaram que participar da competição é uma oportunidade que não podem deixar passar. Tricampeão mundial, Medina disputa sua segunda edição olímpica. Nos Jogos de Tóquio 2020 (disputados em 2021 por cauda da pandemia de Covid-19), o brasileiro foi eliminado nas semifinais e terminou na quarta posição. “Uma medalha olímpica é um desejo que quero realizar. No Japão foi tão perto”, recordou Medina. “Tive que esperar algum tempo e hoje tenho mais uma oportunidade. Eu realmente quero esta medalha.” Aos 30 anos, Medina disse que o pódio é muito especial para qualquer atleta. “É algo muito grande. O mundo inteiro está de olho, e eu ainda não tenho [medalha olímpica]. Seria um sonho realizar isso.”
Filipe Toledo, o Filipinho, faz sua estreia olímpica nos Jogos de Paris 2024. “É algo que sempre almejei desde que foi anunciado que o surfe faria parte dos Jogos Olímpicos”, afirmou o surfista, que tem dois títulos mundiais no currículo. Para ele, a Olimpíada é o topo onde o surfe pode chegar. “Estou falando de visibilidade e do que ter uma medalha olímpica agrega no nosso currículo”, disse ele, que abriu mão de disputar o Circuito Mundial em 2024 e que a decisão pode ajudá-lo a chegar bem fisicamente e mentalmente para disputa. “Não deixei passar a oportunidade. Daqui quatro anos não sei onde vou estar e como vou estar”, disse o surfista de 29 anos.
Filipinho disse que antecipou a chegada ao Taiti, onde acontecem as disputas do surfe, para se preparar melhor. “Cheguei no dia 12, um pouco antes de todo mundo. Aproveitei para descansar no Circuito Mundial e focar nas Olimpíadas.” Durante o período sabático, ele disse que aproveitou para realizar atividades desconectadas do surfe. “Precisava deste tempo. Aos poucos este fogo de surfar foi voltando. Hoje me encontro preparado para surfar. Eu me dediquei bastante na parte física e mental, com tratamento psicológico e psiquiátrico.” As disputas olímpicas do surfe acontecem em Teahupoo, vila na costa sudoeste da ilha do Taiti, que também faz parte do Circuito Mundial. Medina disse que as condições são propícias ao seu estilo de surfar. “É uma esquerda tubular, a minha onda favorita (…) eu me divirto muito, ondas assim me desafiam”, afirmou o surfista.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte
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