Juiz espanhol marca depoimento de Neymar para 2 de fevereiro

  • Por Agência EFE
  • 13/01/2016 10h15
EFE Na Espanha

O juiz da Audiência Nacional José da Mata fixou o dia 2 de fevereiro para que Neymar deponha em qualidade de investigado (acusado) por corrupção entre particulares e fraude na operação de sua contratação pelo Barcelona procedente do Santos.

Além disso, Mata também convocou para o 1 dia o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor, Sandro Rosell, para que prestem esclarecimentos pelos mesmos delitos no processo aberto pela denúncia apresentada pela empresa DIS, que tinha parte dos direitos federativos de Neymar.

No mesmo dia do depoimento de Neymar, também serão ouvidos o pai do jogador e sua mãe, assim como o representante da empresa N&N Consultoria Esportiva e Empresarial, enquanto no dia 1 o juiz também convocou os ex-presidentes do Santos Odilio Rodrigues e Luis Álvaro de Oliveira, assim como os representantes do Barcelona e do clube brasileiro.

O juiz cita, além disso, em qualidade de testemunha para 2 de fevereiro o ex-vice-presidente financeiro do FC Barcelona Javier Faus.

O magistrado, que por enquanto rejeita várias das diligências propostas pela DIS, entende que as solicitadas pela Promotoria e a tomada dos depoimentos dos investigados são “pertinentes, necessárias e proporcionadas” para a averiguação dos fatos.

Da Mata admitiu em junho a denúncia da DIS contra essas seis pessoas, os dois clubes de futebol e a empresa de Neymar N&N pelos crimes de corrupção entre particulares e de fraude em sua modalidade de contrato simulado.

Segundo os querelantes, à DIS correspondia 40% do dinheiro que seria pago pelo Barcelona ao Santos pelos direitos federativos do jogador quando foi contratado.

No entanto, o fundo de investimentos só recebeu essa porcentagem dos 17,1 milhões de euros que o clube disse ter assinado pelo brasileiro, quando a contratação custou, segundo as investigações, um total de 83,3 milhões de euros.

Desse total, 40 milhões foram cobrados por Neymar por aceitar ser contratado pelo Barcelona mediante um contrato simulado, um feito com que, segundo o juiz, “pode ter alterado o livre mercado de contratações de jogadores e prejudicado também o querelante”.

Por isso, o juiz pediu ao Real Madrid, ao Chelsea, ao Bayern de Munique e ao Manchester City as ofertas que enviaram ao Santos, a Neymar ou a seus representantes entre 2009 e 2013.

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