Maior país do mundo, Rússia testará arenas e logística na Copa das Confederações

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/02/2017 09h42

Estádio de São Petersburgo será palco da abertura e da final da Copa das Confederações

Reprodução / Facebook / FIFA World Cup Estádio de São Petersburgo será palco da abertura e da final da Copa das Confederações

As dimensões continentais da Rússia desafiam a Fifa para a Copa do Mundo de 2018. Por isso, a Copa das Confederações, que começa em junho deste ano e reunirá oito seleções, servirá como teste não apenas para as arenas, mas também à logística e aos deslocamentos de delegações e torcedores. A Rússia é o maior país do mundo, com mais de 17 milhões de quilômetros quadrados, nove fusos horários e várias diferenças geográficas e climáticas

A Copa das Confederações será “compacta”. Terá quatro sedes: São Petersburgo, Moscou, Kazan e Sochi. No Mundial, serão 11 cidades-sede e 12 estádios (Moscou conta com duas arenas). Para escolher as sedes da Copa das Confederações, a Fifa levou em conta também as distâncias entre as cidades.

Nenhum deslocamento demorará mais do que três horas. Esse é o tempo de avião entre Sochi e São Petersburgo, praças mais distantes entre as sedes da competição: são 2 mil quilômetros (o equivalente ao trecho entre São Paulo e Salvador).

Para facilitar as viagens na Copa do Mundo, a tabela será montada para que nenhuma seleção tenha de jogar em Kaliningrado (incrustada entre Polônia e Lituânia, na região Oeste da Rússia) e Yekaterinburgo (cidade-sede mais ao Leste do País). Localizadas em lados opostos do país, as duas cidades estão a 3 mil quilômetros de distância. Quem atuar em uma das duas cidade não atuará na outra. 

“Nos esforçamos para garantir a logística mais confortável possível para as equipes e os torcedores. O tempo médio de voos entre os locais de jogos será de 1h45”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor executivo de Competições e Eventos da Fifa, Colin Smith. 

Com relação aos estádios, a maior preocupação da Fifa está na Zenit Arena, em São Petersburgo. A arena está em obras e o primeiro evento no local foi realizado só no fim de semana passado.

O estádio Fisht, em Sochi, foi inaugurado para receber os Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014, e agora passa por reparos de adaptações para ter o seu primeiro grande evento de teste.

Os outros dois estádios que serão usados na Copa das Confederações estão em funcionamento e recebem regularmente jogos do Campeonato Russo. São a Kazan Arena, em Kazan, e o Spartak Stadium, em Moscou.

Todos as seleções participantes da Copa das Confederações já estão definidas. No domingo retrasado, Camarões conquistou a Copa Africana de Nações e garantiu a última vaga. Também disputarão o torneio: Rússia (país-sede), Alemanha (campeã do mundo) e mais cinco atuais campeões continentais: Portugal (Europa), Chile (América do Sul), México (América do Norte), Nova Zelândia (Oceania) e Austrália (Ásia).

A Fifa vai distribuir US$ 20 milhões (R$ 62,3 milhões) em prêmios para as oito seleções, mesmo valor pago há quatro anos na Copa das Confederações realizada no Brasil. O campeão receberá US$ 4,1 milhões (R$ 12,7 milhões) e o segundo colocado ganhará US$ 3,6 milhões (R$ 11,2 milhões). Mesmo quem não passar da primeira fase terá direito a US$ 1,7 milhão (R$ 5,2 milhões)

FORA DA FESTA – O Brasil participou das sete primeiras edições da Copa das Confederações, conquistou quatro títulos e, pela primeira vez, não disputará o torneio. Uma semana antes da abertura do evento na Rússia, a seleção tem agendado amistoso com a Argentina, em Melbourne, na Austrália. Representantes da CBF, no entanto, devem acompanhar o torneio in loco para analisar o desempenho dos possíveis rivais e conhecer as instalações e a logística para o Mundial de 2018.

Líder das Eliminatórias da América do Sul, o Brasil, de Tite, precisa de um empate para garantir presença no Mundial por antecipação.

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