Massa minimiza “pressão” de Ecclestone, mas vê risco em futuro do GP do Brasil

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/11/2016 12h15
EFE Em sua despedida no GP do Brasil

As declarações recentes de Bernie Ecclestone sobre o futuro do GP do Brasil de Fórmula 1 não causaram preocupação somente nos organizadores da corrida em Interlagos. Mesmo se despedindo da categoria, o piloto Felipe Massa se mostra incomodado com a possibilidade de o País perder a corrida, porém minimiza a “pressão” exercida pelo chefão da F-1. 

“Sabemos como Bernie é. Com certeza, ele está fazendo pressão, como faz em tantos circuitos que têm algum risco financeiro ou de contrato”, pondera o brasileiro, que fará sua última corrida como piloto de F-1 em Interlagos neste domingo. 

A “pressão” citada por Massa foi feita em declarações no paddock do autódromo paulistano neste fim de semana. Ao ser questionado sobre a confirmação da corrida brasileira na temporada 2017, Ecclestone provocou: “Eu não apostaria o meu dinheiro nisso, eu poderia apostar o seu”, disse ele à reportagem do site Motorsport.com. 

O GP do Brasil tem contrato com a F-1 até 2020. No entanto, o prejuízo recente da corrida vem preocupando a Formula One Management (FOM), da qual Ecclestone é o diretor-executivo. Segundo revelou ao Estado o promotor do GP brasileiro, Tamas Rohonyi, a prova em Interlagos dará prejuízo de US$ 30 milhões (cerca de R$ 98 milhões) neste ano. E, pelo contrato, esta perda será coberta pela FOM, daí a insatisfação demonstrada por Ecclestone.

“O promotor tenta administrar a corrida, com lucro ou sem lucro, mas sem prejuízo. Então, no final das contas, as pessoas que perdem somos nós, porque eles não podem nos pagar”, afirmara o dirigente da FOM. Por causa desta baixa, a corrida de São Paulo ainda não está garantida no calendário de 2017.

Ciente desta situação, Massa se diz preocupado com as condições financeiras do GP. “Com certeza enfrentamos algum risco de perder [a prova]. Temos uma crise no Brasil neste momento. Há riscos de que as coisas possam mudar por causa desta crise. Mas espero que isso se resolva e espero que a F-1 permaneça em São Paulo”, afirma o piloto brasileiro.

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