Mineiros apostam em tradição e diversidade para receber turistas na Copa

  • Por EFE
  • 09/02/2014 08h42
EFE/Marcos Méndez Estádio do Mineirão

Belo Horizonte, 9 fev (EFE).- Minas Gerais é um dos estados com maior diversidade cultural e turística do Brasil, e esse é o carro-chefe de uma grande mobilização para atrair visitantes estrangeiros e nacionais antes, durante e depois da Copa do Mundo de 2014.

Uma das 12 sedes do torneio, oferecendo o estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, para seis jogos, Minas ainda será a “casa” de três seleções participantes: Argentina e Chile, que ficarão hospedados em centro de treinamentos na capital, e Uruguai, que buscou sossego em Sete Lagoas, na região metropolitana.

Preliminarmente, a secretaria de Turismo e Esporte do estado trabalha com número de 150 mil turistas estrangeiros para o Mundial. A expectativa é de um grande número de seguidores das três seleções sul-americanas hospedadas em Minas.

“Esperamos algo em torno de 20 mil argentinos, entre 5 a 10 mil chilenos, e também entre 5 e 10 mil uruguaios. E imaginamos que isso possa variar de acordo com o desempenho das seleções”, afirmou o secretário da pasta, Tiago Lacerda.

E para os visitantes de fora e dentro do Brasil – ao todo, o Ministério do Turismo estima 2 milhões de habitantes do país em trânsito durante a Copa -, não faltam opções de lazer, entretenimento e contato direto com uma das regiões de mais forte tradição de preservação de sua cultura.

Até mesmo Belo Horizonte, conhecida historicamente por um consolidado turismo de negócios, busca se tornar cada vez mais atrativa para todos os tipos de visitantes, aproveitando sua inigualável hospitalidade, a rica culinária e o gosto pela vida noturna.

“Nós não temos mar, então vamos para o bar”, gosta de dizer o cidadão mineiro, que sempre que pode enche o peito para falar de sua vocação boêmia e gastronômica.

Nos pratos não faltam opções, sempre generosas, diga-se de passagem. Um exemplo é o Mercado Municipal, localizado no Centro da cidade, onde estão variadas opções. E no copo, o requinte pode vir de cachaças e cervejas artesanais, outro orgulho dos mineiros.

Em Belo Horizonte, em poucos metros se pode ir do encontro com a natureza, como no Parque da Serra do Curral, onde um mirante proporciona linda vista de toda a cidade, a um novo polo de cultura, criado quatro anos atrás na Praça da Liberdade, local que abriga palácio de mesmo nome, antiga residência do governador de Minas.

No entorno da praça, encravada no centro histórico da cidade, está o novo Circuito Cultural Praça da Liberdade. Esse já é o maior complexo do país no setor, com dez espaços já estabelecidos e mais quatro ainda a serem inaugurados.

O circuito utiliza prédios que recebiam as diferentes secretarias e a administração do governo estadual. Transferido para o norte de BH, o novo centro do poder de Minas também virou atração, já que é mais uma obra do magistral arquiteto Oscar Niemeyer.

Inaugurado em março de 2010, o local abriga o Palácio Tiradentes, dois prédios de secretarias de estado, tudo ladeado por um lago, que em determinado momento do dia reflete as edificações, sem os pilares, criando um efeito inusitado de “levitação”.

Em cidades vizinhas à capital de Minas, existem ainda algumas joias que merecem uma visita, como o Museu do Inhotim, que fica em Brumadinho. O local conta com um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes.

Já a uma hora de Belo Horizonte, aproximadamente, está a antiga capital de Minas, a cidade de Ouro Preto, importante e imponente para entender um pouco da mineiridade, graças às históricas construções tombadas décadas atrás.

A cidade localizada a 96 quilômetros da capital foi a primeira brasileira a ser declarada, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980.

Claro que não pode faltar o turismo futebolístico. O Mineirão, grande símbolo do futebol do estado, ganhou um Museu do Futebol, que mostra a história do esporte, detalhes sobre os clubes de Minas, entre outras muitas atrações. O local só não funciona às segundas e em dias de jogos.

Quem preferir viver um pouco o clima de Copa do Mundo em BH, mas não tem ingressos para a competição, poderá acompanhar os jogos em um dos diversos bares da Savassi, de Santa Teresa, movimentadas regiões da capital, que fervem quase diariamente. EFE

Bruno Guedes

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