“Não seria bom para o clube e nem para ele”, diz vice de futebol sobre Getterson

Cueva e Getterson são apresentados no São Paulo

Poucas horas após ser apresentado como novo reforço do São Paulo, o atacante Getterson viu a chance de jogar em um time grande ser cancelada em menos de seis horas. O jogador, que viria do J. Malucelli, time curitibano que disputa a série D do Brasileiro, teve sua ida para o tricolor cancelada após tweets que citavam o clube do Morumbi como “bambi”, além de comentários em tom pejorativo.

Falando ao Domingo Esporte, da rádio Jovem Pan, o vice-presidente de futebol do São Paulo, Alexandre Médicis, reafirmou que o processo de contratação do atacante “foi perfeito”, mas que o caso das redes sociais contou para anular a decisão do clube.

“Não seria bom para o clube e nem para o jogador que ele viesse jogar no São Paulo (…) Para o atleta fez bem, foi uma promoção. Para o clube foi desagradável, mas a coletividade apoiou, de forma geral, a decisão da diretoria”, explicou.

Questionado se o que ocorreu não foi uma influência por parte das torcidas organizadas, Médicis negou e disse que a decisão veio muito por conta das redes sociais. “O risco do São Paulo seria muito maior que o risco do Atlético-PR e Botafogo. Não dando certo, as redes sociais cairiam em cima dele”, disse o vice-presidente de futebol ao calcular a possibilidade do atacante fazer sucesso em outro time.

“Foi uma decisão correta de que o atleta não teria ambiente para desenvolver seu potencial da maneira necessária. Achamos mais prudente para o atleta e para o clube que fosse feito o destrato”, repetiu Médicis.

Nesta semana, o presidente do clube havia dito em entrevista que a não contratação do jogador seria benéfica ao atleta. “Projetamos esse moço para o futebol. Já que o São Paulo o credenciou, ele foi descoberto e já tem outros clubes falando dele”, disse Leco no Morumbi no dia em que o time enfrentou o Sport pelo Campeonato Brasileiro.