Organização apresenta falhas no 1º dia da chave principal do Rio Open

  • Por Agência EFE
  • 17/02/2014 16h42
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Falhas na organização do evento marcaram primeiro dia de Rio Open

Divulgação Organização do Rio Open

Nem tudo deu certo quanto à organização no primeiro dia de disputas na chave principal no primeiro torneio ATP 500 sediado no Brasil em toda a história, e parte do público e alguns jornalistas tiveram dificuldades para acessar o complexo montado para receber os jogos no Jockey Club, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.

O local de venda de ingressos e retirada dos bilhetes comprados pela internet é afastado da sede das partidas. Com isso, nesta segunda-feira, algumas pessoas se encaminhavam erroneamente para a entrada do complexo, eram informadas que deveriam ir a outro lugar para apenas depois acessar o palco dos jogos.

Para piorar, o deslocamento entre os dois locais era difícil e feito apenas de duas formas, uma caminhada de cerca de 15 minutos ou com carros de golfe e vans disponibilizados pela organização, que, no entanto, não sabia a frequência do transporte.

“Vi em uma revista que, como o estacionamento é permitido apenas para sócios do Jockey, haveria um ônibus no shopping Leblon para nos trazer até aqui. Mas, quando cheguei lá, ninguém sabia de nada. Parei lá, peguei um táxi e vim para cá. Agora tenho que pegar ingresso longe, do outro lado”, reclamou o representante comercial Otto Romberg.

“Vim pelo meu filho, que gosta de tênis, e até gostaria de vir em outros dias, mas o preço é absurdo. Hoje (segunda-feira), como é mais barato e ele tem pouca aula, viemos para ver como é o evento, mas mal cheguei e já me chateei”, completou.

Em meio a suas reclamações, Otto teve seu discurso endossado pela aposentada Clara Pontes, que foi informada que os ingressos estavam esgotados para todos os dias. Enquanto isso, a tenista brasileira Laura Pigossi era derrotada pela espanhola Silvia Soler-Espinosa com a quadra praticamente vazia.

“Eu tenho ingresso para sexta, para depois, mas hoje não posso entrar. Estou à toa, moro aqui perto e gostaria de entrar, mas não sabem informar onde compro ingresso. Disseram que está esgotado, mas acredito que não”, disse a aposentada.

Não foram só torcedores que tiveram dificuldades para entrar. Cinco jornalistas, todos com credenciamento confirmado através da lista da organização, não tiveram suas credenciais impressas com antecedência e tiveram que aguardar por cerca de duas horas para que seus passes fossem disponibilizados. A justificativa para a demora foi a falta de material para impressão.

Se do lado de fora, a população carioca e os turistas reclamam das altas nos preços em supermercados, restaurantes e até nos quiosques à beira mar, no Rio Open, a situação é parecida.

Uma viseira da fornecedora de materiais esportivos oficial do torneio custa R$ 49,90, R$ 10 mais caro que em lojas virtuais. A diferença é a mesma entre uma mochila básica da marca no complexo e na internet.

Um dos restaurantes locais também aproveitou para lucrar um pouco mais. Um almoço pelo qual eram cobrados R$ 18 na última sexta-feira passou a custar R$ 20,80 três dias depois.

Por outro lado, a raquete mais barata da fabricante oficial sai por R$ 390 no Jockey, enquanto na internet o valor varia de R$ 399 a R$ 719.

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