Organização apresenta falhas no 1º dia da chave principal do Rio Open
Falhas na organização do evento marcaram primeiro dia de Rio Open
Organização do Rio OpenNem tudo deu certo quanto à organização no primeiro dia de disputas na chave principal no primeiro torneio ATP 500 sediado no Brasil em toda a história, e parte do público e alguns jornalistas tiveram dificuldades para acessar o complexo montado para receber os jogos no Jockey Club, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.
O local de venda de ingressos e retirada dos bilhetes comprados pela internet é afastado da sede das partidas. Com isso, nesta segunda-feira, algumas pessoas se encaminhavam erroneamente para a entrada do complexo, eram informadas que deveriam ir a outro lugar para apenas depois acessar o palco dos jogos.
Para piorar, o deslocamento entre os dois locais era difícil e feito apenas de duas formas, uma caminhada de cerca de 15 minutos ou com carros de golfe e vans disponibilizados pela organização, que, no entanto, não sabia a frequência do transporte.
“Vi em uma revista que, como o estacionamento é permitido apenas para sócios do Jockey, haveria um ônibus no shopping Leblon para nos trazer até aqui. Mas, quando cheguei lá, ninguém sabia de nada. Parei lá, peguei um táxi e vim para cá. Agora tenho que pegar ingresso longe, do outro lado”, reclamou o representante comercial Otto Romberg.
“Vim pelo meu filho, que gosta de tênis, e até gostaria de vir em outros dias, mas o preço é absurdo. Hoje (segunda-feira), como é mais barato e ele tem pouca aula, viemos para ver como é o evento, mas mal cheguei e já me chateei”, completou.
Em meio a suas reclamações, Otto teve seu discurso endossado pela aposentada Clara Pontes, que foi informada que os ingressos estavam esgotados para todos os dias. Enquanto isso, a tenista brasileira Laura Pigossi era derrotada pela espanhola Silvia Soler-Espinosa com a quadra praticamente vazia.
“Eu tenho ingresso para sexta, para depois, mas hoje não posso entrar. Estou à toa, moro aqui perto e gostaria de entrar, mas não sabem informar onde compro ingresso. Disseram que está esgotado, mas acredito que não”, disse a aposentada.
Não foram só torcedores que tiveram dificuldades para entrar. Cinco jornalistas, todos com credenciamento confirmado através da lista da organização, não tiveram suas credenciais impressas com antecedência e tiveram que aguardar por cerca de duas horas para que seus passes fossem disponibilizados. A justificativa para a demora foi a falta de material para impressão.
Se do lado de fora, a população carioca e os turistas reclamam das altas nos preços em supermercados, restaurantes e até nos quiosques à beira mar, no Rio Open, a situação é parecida.
Uma viseira da fornecedora de materiais esportivos oficial do torneio custa R$ 49,90, R$ 10 mais caro que em lojas virtuais. A diferença é a mesma entre uma mochila básica da marca no complexo e na internet.
Um dos restaurantes locais também aproveitou para lucrar um pouco mais. Um almoço pelo qual eram cobrados R$ 18 na última sexta-feira passou a custar R$ 20,80 três dias depois.
Por outro lado, a raquete mais barata da fabricante oficial sai por R$ 390 no Jockey, enquanto na internet o valor varia de R$ 399 a R$ 719.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.