Homem que salvou Vanderlei Cordeiro de ataque nas Olimpíadas de 2004 morre em Atenas

Polyvios Kossivas, de 71 anos, ficou famoso ao ajudar o brasileiro na maratona e recolocá-lo na prova; Cordeiro foi bronze

  • 25/01/2023 18h48 - Atualizado em 25/01/2023 20h19
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ANTONIO SCORZA / AFP Grego que salvou Vanderlei Cordeiro de ataque nos Jogos de 2004 morre em Atenas Polyvios Kossivas, de 71 anos, morreu em Atenas na semana passada; causa da morte não foi divulgada

Morreu nesta quarta-feira, 25, o grego Polyvios Kossivas, de 71 anos, que ficou famoso ao salvar o corredor brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima de um ataque durante a maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004 (assista abaixo). O anúncio foi feito pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). “É com o mais profundo pesar que o COB comunica a morte do grego Polyvios Kossivas, na última semana, na Grécia. Kossivas foi protagonista de um dos mais importantes capítulos da história do esporte olímpico brasileiro. Durante a maratona nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, anônimo na multidão que acompanhava a prova, ele viu que o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, então líder da corrida, havia sido derrubado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan. Ele invadiu a pista, empurrou o agressor e permitiu que Vanderlei continuasse na prova para terminar na terceira posição e conquistar a medalha de bronze”, lamentou o COB. O caso aconteceu em 29 de agosto de 2004.

“Naquele momento, Polyvios Kossivas se transformou em um herói do esporte olímpico nacional, por uma atitude que é lembrada e reverenciada até hoje no Brasil e no mundo. O COB lamenta a morte de Polyvios e gostaria de transmitir o mais profundo sentimento aos seus familiares”, afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB. Ainda em 2004, Kossivas viajou ao Rio de Janeiro a convite do COB e foi homenageado no Prêmio Brasil Olímpico. Das mãos de Vanderlei, ele recebeu um troféu, sendo aplaudido e ovacionado de pé pelos presentes. “Ele era um homem simples, generoso, carinhoso e altruísta. Adorava minha mãe (Ioulia) e eu. Ele me criou me dando tudo generosamente. Era um viciado em trabalho, incansável, sem nunca reclamar. Acordava todos os dias às 6h. Era respeitado por todos”, escreveu Smaragda Tsirka, filha de Polyvios, em mensagem enviada ao COB.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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