Japão cogita proibir a presença de público nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Primeiro-ministro do país, Yoshihide Suga mostrou preocupação com o aumento de casos de Covid-19 registrados no país, tendência que pode ser acelerada com a chegada de milhares de atletas, patrocinadores e jornalistas
Primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga afirmou nesta quinta-feira, 1º, que avalia uma redução ou até a proibição dos torcedores nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam no próximo dia 23. O líder japonês mostra preocupação com o aumento de casos de Covid-19 registrados no país, tendência que pode ser acelerada com a chegada de milhares de atletas, patrocinadores e jornalistas. “Existe a possibilidade de não haver espectadores. Em qualquer caso, agiremos tendo a segurança e a proteção do povo japonês como nossa principal prioridade”, afirmou Suga. O mandatário afirmou ainda que novas decisões serão tomadas em consenso entre os governos japonês e metropolitano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Organizador.
Esta não é a primeira manifestação de uma autoridade que coloca em cheque a presença de torcedores nos Jogos de Tóquio. Na semana passada, o imperador Naruhito, do Japão, se mostrou “extremamente preocupado” com a possibilidade de aumento da contaminação por Covid-19 durante a disputa da Olimpíada e a Paraolimpíada. A informação foi dada pelo chefe da Agência da Casa Imperial, na quinta-feira, 24. Embora seja patrono honorário da Olimpíada de Tóquio, Naruhito não possui poder político. Mas sua figura é bastante respeitada.
No dia 21 de junho, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio anunciou que estabeleceu um limite de 10 mil pessoas por evento — desde que o total do público não ultrapasse 50% da capacidade do estádio ou da arena. O governo japonês, por outro lado, avisou “no caso de um estado de emergência ou outras medidas prioritárias destinadas a prevenir a infecção serem implementadas a qualquer momento após 12 de julho de 2021, as restrições ao número de espectadores nos Jogos, incluindo competições com não espectadores, serão baseadas no conteúdo do estado de emergência ou outras medidas relevantes em vigor nessa altura”, disse em nota.
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