Juiz revoga prisão de Leonardo Gryner, ex-diretor do Comitê Rio-2016

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/10/2017 19h30 - Atualizado em 13/10/2017 19h59
Divulgação Rio 2016 Jogos Olímpicos Rio 2016 Leonardo Gryner Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do Comitê Rio-2016, está preso desde o último dia 5

A Justiça Federal do Rio de Janeiro revogou nesta sexta-feira (13) a prisão temporária de Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do Comitê Rio-2016. Detido desde 5 de outubro, Gryner é considerado o principal auxiliar de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Rio-2016 e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), levado à prisão no mesmo dia.

Nuzman é acusado de integrar um esquema de compra de votos para que o Rio fosse escolhido para sediar a Olimpíada de 2016. O ex-presidente do COB também é acusado de obter vantagens ilícitas nas obras necessárias para a realização do evento. As suspeitas são investigadas na Operação Unfair Play, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Segundo a investigação policial, Nuzman e Gryner eram os principais elos entre o esquema de propinas do então governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI), que teriam vendido seus votos.

Na decisão, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, afirma que a prisão temporária havia sido decretada (por cinco dias) e depois prorrogada diante da possibilidade de Gryner “exercer o seu poder de influência em detrimento das investigações”.

Agora, “a caixa de e-mails de Maria Celeste de Lourdes Campos Pedroso (secretária de Nuzman) já se encontra acautelada na Secretaria deste juízo, logo, não subsistiram razões para manter o requerente preso”, escreveu Bretas.

Até às 18h30min desta sexta, o alvará de soltura de Gryner ainda não havia sido apresentado na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, onde o auxiliar de Nuzman está detido.

Desde que as prisões dos cartolas ocorreram, as defesas de Gryner, Nuzman e Cabral negam que seu clientes tenham cometido crimes para garantir a realização da Olimpíada de 2016 no Rio. Por essa versão, a cidade teria conquistado sem irregularidades o direito a sediar o evento.

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