Presidente do COI: ‘Definir data para a Olimpíada é questão muito desafiadora’

  • Por Jovem Pan
  • 25/03/2020 09h15
Reprodução/COI Thomas Bach é presidente do COI

Um dia depois do anúncio do adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 para o próximo ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, revelou nesta quarta-feira que a decisão não foi unilateral, mas sim tomada em conjunto com o governo do Japão, encabeçado pelo primeiro ministro Shinzo Abe.

“Logo em seu comentário inicial, Abe sugeriu o adiamento. Chegamos à conclusão que não podia ser uma decisão unilateral do COI, mas sim conjunta. Essa foi a sequência dos fatos. Seguimos nossa intenção inicial de nos adaptarmos à situação”, disse Bach, em teleconferência à imprensa de todo o planeta, relatando como foi a conversa com o primeiro ministro japonês no dia anterior.

“Mas desde o princípio foi deixado claro que o cancelamento não era algo que o COI apoiava porque nossa missão é permitir que os sonhos dos esportistas sejam convertidos em realidade”, prosseguiu o dirigente alemão. “O Japão estava muito confiante em seguir em frente. Para reorganizar Jogos de sucesso devemos estar unidos”.

Bach admitiu que definir uma nova data para os Jogos em 2021 será uma “questão muito desafiadora”. E espera que essa decisão seja tomada o mais rápido possível. Nesta quinta-feira, membros do COI se reunirão em teleconferência com 33 federações internacionais para estudar o novo calendário.

“Há muitas questões a serem consideradas. Devemos chegar a uma solução o mais rápido possível, mas a prioridade é tomar uma decisão de qualidade, levando em consideração todos os nossos stakeholders (partes interessadas)”, disse Bach, que insistiu que a voz dos atletas sempre foi levada em consideração. “Eles desempenham um papel muito importante. Eles participarão de qualquer consulta e decisão”.

Com o risco de uma piora na pandemia do novo coronavírus, Bach sabe que isso poderia causar um novo adiamento ou até um cancelamento da Olimpíada e da Paralimpíada no Japão. “Queremos e organizaremos os Jogos apenas em um ambiente seguro para todos os participantes. Nossa força-tarefa considerará o cenário mais amplo. Não se restringe apenas aos meses de verão. Todas as opções estão na mesa”, completou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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