Paulinho recebe homenagens em emotivo adeus ao Corinthians

‘É olhar para trás e falar que dei o meu melhor por essa camisa, com amor, carinho, lealdade, sendo verdadeiro com a instituição e o torcedor’, disse o jogador em coletiva

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2024 13h47 - Atualizado em 29/05/2024 13h48
RONALDO BARRETO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Paulinho, do Corinthians, se emociona ao se despedir da equipe, durante coletiva realizada na sala de imprensa do CT Doutor Joaquim Grava, na zona leste da capital paulista, nesta quarta-feira, 29 de junho de 2024. Segundo o meio-campista, de 35 anos, o futuro ainda não está definido. Os vice-presidentes Osmar Stábile e Armando Mendonça entregaram uma camisa emoldurada com o número ?infinito? nas costas como presente ao jogador. Jogador ficou bem emocionado com as homenagens

Ao lado dos quatro troféus conquistados na vitoriosa passagem pelo Corinthians, com destaque para a Libertadores e o Mundial de 2012, e com a família presente, o volante Paulinho se despediu do clube nesta quarta-feira (29). O jogador que deu alegrias à torcida recebeu homenagens pelas 219 partidas disputadas e 40 gols anotados e se emocionou. “É uma despedida de gratidão. Me sinto privilegiado e lisonjeado.” Definido como “profissional exemplar, ser humano fantástico e líder” pelo Corinthians, Paulinho recebeu uma camisa do clube enquadrada com o número 8 deitado, significando o infinito, e seu nome às costas. A mulher do jogador, Vivian, e também os filhos Sofia e José – Ana Beatriz e Benjamin não puderam comparecer, estiveram presentes. Da mão das crianças, recebeu uma placa comemorativa. “A gente tem muito orgulho do José Paulo, o Paulinho, a gente te ama”, disse Vivian, às lágrimas e sem conseguir falar mais.

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Paulinho também não se conteve. Com a voz embargada, assumiu que seria difícil falar. “Foram algumas noites pensando que chegaria esse momento. Dentro de muitas coisas, é uma despedida de gratidão, a palavra que levo desse clube, palavra que coloquei ontem em algumas entrevistas. Quando falo a cultura Corinthians, é porque é uma cultura viver dentro desse clube. Me sinto privilegiado e lisonjeado por ter feito parte de uma história tão bonita, tão linda aqui dentro”, afirmou, bastante emocionado

“Mas são ciclos, eles chegam, se encerram para outros iniciarem. É olhar para trás e falar que dei o meu melhor por essa camisa, com amor, carinho, lealdade, sendo verdadeiro com a instituição e o torcedor”, seguiu.

“Dentro disso, é agradecer a todos pelo carinho e respeito comigo e com minha família, e a todos funcionários. E uma parte que toca um pouquinho mais (voltou a chorar), pessoas aqui dentro que sabem o que faço pelos cozinheiros, os tios e tias da limpeza, a Priscila e o Mancha, que me aturaram por muitos anos. . É legal e o jogador tem de entender e reconhecer quem faz de tudo para você performar dentro de campo, quem arruma sua cama, faz seu café, almoço e janta. A assessoria, o departamento médico, os fisioterapeutas, todos fazem parte da minha história. É minha gratidão, que vou levar por toda minha vida. É isso, difícil encontrar palavras, mas obrigado por tudo Corinthians, obrigado torcida corintiana e aqui fica um eterno torcedor do Corinthians.”

Paulinho ainda atendeu aos jornalistas e definiu o gol contra o Vasco nas quartas de final da Libertadores de 2012 como o momento mais importante no clube. Foi questionado se a despedida, a conquista daquele título ou do Mundial não estariam à frente.

“Só pode responder um? A situação do gol no Vasco foi uma coisa fora da curva. O que vivenciei naquele dia, fica um passinho à frente. E todas as emoções que vivi no Corinthians foram importantes, as boas, os momentos ruins… Quando você vive um momento ruim, ele te faz crescer, evoluir e evoluí na minha vida como atleta, homem, e ser humano. Não tenho nada para questionar, é só gratidão”, afirmou.

Sobre o futuro, garantiu que não tem nada definido. O Grêmio poderia ser sua nova casa. “Eu não tenho destino, não tenho proposta oficial, nada disso. Enxerguei muitas especulações a meu respeito, mas não há nada certo. Acho que essa questão do sétimo jogo, sentamos com a diretoria, conversei, se tivesse possibilidade de jogar em outro clube brasileiro, tinha de trabalhar isso também”, explicou. “Até mesmo para eu não atrapalhar a programação do clube, da comissão técnica. Sentamos, conversamos e nos acertamos.”

Por fim, esclareceu que não estava pedindo um contrato de 18 meses para renovar. “Não estava pedindo um ano meio, era apenas uma extensão até dezembro e depois definiríamos se ficaria ou não.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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