Relembre primeira passagem de Dunga como técnico da Seleção Brasileira

  • Por Adriano Alves / Jovem Pan
  • 21/07/2014 15h33

Técnico conquistou 42 vitórias em 60 jogos disputados no período de quatro anos em que esteve a frente da Seleção Brasileira

Folhapress Relembre primeira passagem de Dunga pela Seleção Brasileira

Como havia anunciado Wanderley Nogueira na última semana em seu blog no Jovem Pan Online, o técnico Dunga está oficialmente de volta ao comando da Seleção Brasileira após quatro anos. O ex-jogador será confirmado no cargo na manhã desta terça-feira, em entrevista coletiva com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, na sede da entidade, na Barra da Tijuca.

O nome de Dunga nunca foi unanimidade no gosto do torcedor brasileiro. Em sua primeira passagem, de 2006 a 2010, o capitão do tetracampeonato foi muito criticado por conta de algumas convocações, como a do atacante Alfonso Alves e do volante Felipe Melo. Outra grande polêmica acerca de seu nome foi na não convocação de Neymar e Ganso, na época os dois grandes nomes do futebol brasileiro. No total, 68 atletas foram testados.

O último jogo do capitão do tetracampeonato a frente do Brasil foi no fatídico jogo contra a Holanda, nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, quando a Laranja Mecânica venceu a partida de virada, por 2 a 1.

Os seus números na Seleção Brasileira, porém, mostram que a sua passagem foi mais positiva do que negativa. Em 60 partidas disputadas, foram 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas.

Títulos e situação insustentável após o Mundial

A estreia de Dunga aconteceu em 16 de agosto de 2006, no empate com a Noruega, em amistoso disputado em Oslo, por 1 a 1. Antes da disputa da Copa América, o Brasil jogou mais dez amistosos sob o comando de seu novo e inexperiente técnico e somou sete vitórias, dois empates e uma única derrota.

Na Copa América de 2007 disputada na Venezuela, o gaúcho começou mal e perdeu para o México por 2 a 0. Depois da derrota, a Seleção Brasileira passou por cima de todos os seus adversários até chegar à final contra a Argentina e vencer com autoridade por 3 a 0, com grande atuação de Júlio Baptista.

Em 2008, o técnico decidiu tentar dar ao país o inédito ouro olímpico, nos Jogos de Pequim. O sonho foi interrompido pelos rivais argentinos na semifinal, com a derrota por 3 a 0. O final da história foi mais um bronze para a equipe brasileira, que tinha Ronaldinho Gaúcho no elenco.

O ano seguinte marcou mais um título para a “Era Dunga”. A Copa das Confederações, jogada na África do Sul, começou com uma vitória apertada sobre o Egito. Nas duas partidas seguintes, a Seleção Brasileira goleou os Estados Unidos e a Itália por 3 a 0. Na semifinal, Dunga sofreu para vencer o país sede e teve nova dificuldade contra os norte-americanos na final, vencendo por 3 a 2, após estar atrás por 2 a 0.

Com o título da competição e boa campanha nas eliminatórias para a Copa do Mundo, a expectativa para a busca do hexacampeonato ficou ainda maior. Na primeira fase, duas vitórias contra Coreia do Norte e Costa do Marfim e um empate contra Portugal. Nas oitavas, os chilenos não foram problema e perderam por 3 a 0. Já nas quartas de final, o sonho foi adiado de forma dramática. O Brasil começou melhor a partida contra a Holanda e abriu o placar logo no início, com gol de Robinho. Perdendo algumas chances de gol, muito por conta da ótima atuação de Stekelenburg, a Seleção de Dunga viu os holandeses virarem a partida com dois gols de Sneijder, o primeiro com falha coletiva de Felipe Melo e Júlio Cesar. O volante, que para muitos foi um erro na lista final do técnico, ainda foi expulso após pisar em Robben, jogando todas as esperanças da reação brasileira no lixo.

O fim da primeira passagem de Dunga como treinador do Brasil aconteceu no dia 4 de julho do mesmo ano, dois dias após a eliminação da competição.

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