Romero brilha, Argentina bate Holanda nos pênaltis e faz 3ª final contra Alemanha

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2014 19h52
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Argentina's goalkeeper Sergio Romero reacts after saving a penalty during the penalty a shoot-out following extra time during the semi-final football match between Netherlands and Argentina of the FIFA World Cup at The Corinthians Arena in Sao Paulo on July 9, 2014. AFP PHOTO / ODD ANDERSEN AFP Confira as emoções de Argentina x Holanda em São Paulo

Se a partida entre Brasil e Alemanha teve muitos gols, a semifinal entre Holanda e Argentina ficou marcada pela falta deles. O grande público presente na Arena Corinthians viu uma partida de poucas chances de gol, na tarde desta quarta-feira, e após 120 minutos, os argentinos contaram com a elasticidade de Romero para bater a última vice-campeã do mundo por  4 a 2 nas cobranças de pênalti. 

Após 24 anos, os sulamericanos voltam para uma final de Copa do Mundo, exatamente contra a Alemanha, sua adversária na Itália em 1990. Essa será a terceira vez que os dois países se encontram na decisão. Além de 90 que teve os europeus levantando o tricampeonato, os argentinos comemoram o seu bi em 86 em cima dos rivais germânicos.

O time comandado por Messi terá a chance de se vingar dos alemães no próximo domingo, no Estádio do Maracanã, na final da Mundial.

Muita cautela, pouco futebol

Cautelosas, as duas seleções começaram a partida apenas se estudando, sem forçar muito as jogadas no ataque. A Argentina trabalhava mais a posse, enquanto os holandeses tentavam explorar as laterais do campo com Robben.

O primeiro momento de perigo só aconteceu aos 14, quando Pérez foi derrubado por Vlaar próximo a área e Messi cobrou forte no canto de Cillessen, que encaixou firme sem dar rebote.

A equipe de Sabella continuou pressionando e teve boa chance em cobrança de escanteio de Messi e que Garay cabeceou com perigo para o gol holandês.

O técnico mostrou preocupação quando viu Mascherano chocar sua cabeça com Wijnaldum e perder os sentidos no gramado. O jogador do Barcelona é um dos pilares desta equipe e vem fazendo uma Copa do Mundo muito elogiada.

Van Gaal viu a Holanda errar muitos passes no momento da armação e os argentinos marcarem bem Robben e Sneijder, forçando muito os passes diretos ao ataque, acabando sempre em posse de seu adversário.

O camisa 10 ainda assustou após levar forte pancada de Demichelis e cair no gramado sentindo muitas dores na panturrilha. O árbitro turco Cuneyt Cakir nem amarelo deu.

Amarelo recebeu Martins Indi, quando precisou puxar Messi em contra-ataque, depois do argentino driblar um de seus companheiros.

O artilheiro da bicampeã mundial ainda deu passe espetacular para Rojo aos 46, mas o jogador não mostrou a mesma precisão e desperdiçou a chance de deixar Higuaín na cara do gol para tirar o placar do zero ainda na primeira etapa.

Chance só no final

Sem querer correr riscos desnecessários, Van Gaal trocou o pendurado Indi para mandar Janmaat a campo. A Argentina não mexeu e continuou com a mesma equipe que não deu espaços para a Holanda nos primeiros 45 minutos.

Os holandeses prezaram o toque de bola e não encontravam espações na frente. Quando Robben tentou criar uma jogada de perigo, Demichelis o segurou e foi advertido com o cartão amarelo.

Os sul-americanos levavam mais perigo quando resolviam chegar ao ataque. Aos 12, Lavezzi fez boa jogada na ponta direita e cruzou para Higuaín. O jogador do Napoli iria cabecear sozinho, mas Janmaat apareceu para fazer desvio providencial para salvar a meta de Cillessen.

Sem conseguir criar e com dificuldade na saída de bola, o técnico da Laranja Mecânica queimou a sua segunda alteração ainda aos 16 do segundo tempo, trocando De Jong por Jordy Clasie.

O público que enfrentava um dia frio e chuvoso na Arena Corinthians não pôde contar com as duas equipes para esquentar. As arquibancadas ficaram marcadas pelo duelo de cantos entre brasileiros e argentinos.

Aos 28, Janmaat cruzou e Van Persie, sumido em campo, tentou uma bicicleta para marcar, mas não obteve sucesso. No minuto seguinte, a Argentina teve a melhor chance da partida até então.

Pérez avançou pela direita e cruzou para a área na direção de Higuaín. O centroavante mergulha de carrinho e toca no ângulo, mas a bola bate na rede pelo lado de fora, fazendo com que muitos torcedores gritassem gol.

Sabella resolveu fazer duas alterações de uma vez e aumentar o seu poder ofensivo. Agüero e Palacio entraram para a saída de Perez e Higuaín, aumentando a movimentação na linha de frente.

Com mais velocidade, a Argentina chegou com perigo nas arrancadas de Messi, que achou Palacio sozinho na direita, mas o atacante da Internazionale demorou em concluir. Aos 42, Mascherano também costurou no meio e tentou achar Agüero, mas De Vrij cortou.

A Holanda respondeu aos 45, quando Robben driblou o marcador e saiu na cara de Romero. Mascherano veio no gás e deu um carrinho para desviar a finalização e evitar a tragédia.

Atacar para quê?

A Holanda voltou para os 30 minutos finais mais disposta, indo mais a frente. Van Gaal tirou Van Persie e colocou Huntelaar em campo, deixando Krul de fora das possíveis combranças de pênalti.

Robben chamou a responsabilidade e passou no meio de três antes de ter seu cruzamento travado por Demichelis. Aos 8, o camisa 11 fez a sua jogada tradicional e mandou chute forte para a defesa de Romero, sem grandes problemas.

Os hermanos pareciam terem cansado e Maxi Rodriguez foi a campo. A qualidade não melhorou, muito por conta da má partida de Sneijder e Messi, que não conseguiam criar nada de importante.

No último minuto do primeiro tempo, Palacio fez ótima jogada e cruzou buscando Agüero, mas o atacante do Manchester City não conseguiu chegar na bola para completar.

O segundo tempo reservou um pouco mais da monotonia de grande parte dos primeiros 105 minutos. Nenhuma das seleções quis se arriscar muito para não dar espaços.

A melhor chance foi com Palacio, que recebeu por cima e ao invés de chutar, tentou cobrir o goleiro Cillessen de cabeça, deixando Alejandro Sabella revoltado no banco de reservas.

Aos 11, Messi partiu para cima de Vlaar, levou a marcação e cruzou para Maxi Rodriguez, que pegou mal e mandou nas mãos do camisa 1 da Holanda.

Os europeus assustaram aos 14, quando Janmaat achou Kuyt sozinho na entrada da área e seu chute explodiu em cima de Garay para garantir as penalidades.

Sem Krul, holandeses veem Romero brilhar

Os holandeses começaram as cobranças com Vlaar e o goleiro Romero defendeu. Messi não desperdiçou e deslocou Cillessen para deixar os bicampeões do mundo a frente.

Robben precisava marcar para manter a Holanda na briga e cobrou bem para empatar. O zagueiro Garay mandou uma bomba no meio e manteve a vantagem sul-americana.

Sneijder, o camisa 10 e carrasco do Brasil em 2010, mandou a bola em meia altura e Romero se esticou todo para defender. Agüero teve a missão de aumentar a vantagem e mandou bem no canto direito do goleiro holandês.

O veterano Kuyt deu sobrevida aos europeus ao converter a sua cobrança, mas Maxi Rodriguez cobrou forte quase no meio e Cillessen não teve força para espalmar bem, mandando a bola para o gol e garantindo a classificação da Argentina para a final da Copa do Mundo após 24 anos.

 

 

 

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