Jovem Pan
Publicidade

Santos diz acreditar em inocência e lamenta ‘julgamento precoce de Robinho’

Robinho posa ao lado do presidente em exercício do Santos, Orlando Rollo

Pouco tempo após ver seu primeiro patrocinador romper contrato por causa da contratação de Robinho, o Santos emitiu comunicado nesta quarta-feira, 14, em que informou que é “uma instituição inclusiva e socialmente responsável” e lamentou o que considerou um julgamento precoce do jogador. A Orthopride rompeu acordo com o clube dizendo-se respeitosa às mulheres. Robinho foi condenado na Itália por estupro e sua chegada vem causando enorme polêmica. Parte dos torcedores não gostou nada da contratação e vem criticando o clube, sobretudo nas redes sociais.

Publicidade
Publicidade

O Santos resolveu divulgar uma nota de repúdio a quem faz crítica à diretoria pelo negócio, chamando a instituição de hipócrita por campanha recente contra a violência às mulheres. “O Santos FC, em seus 108 anos de história, sempre se caracterizou por ser uma instituição inclusiva e socialmente responsável. Referência no combate ao racismo, contra qualquer tipo de violência, especialmente contra a mulher, referência no investimento no futebol feminino e engajamento em diversas causas. Estes são pilares e valores que formam a identidade do Clube brasileiro mais conhecido no Mundo e motivo de raro orgulho por todas as suas contribuições para o desporto nacional A agremiação também reconhecida pela excelência na formação de atletas, relação próxima e respeitosa por todos aqueles que em campo ajudaram a construir nossa história”, informou o clube no início da nota.

Depois, o Santos saiu em defesa de Robinho. O clube diz acreditar na inocência do jogador e está com advogados trabalhando para mudar essa imagem ruim. “Com relação ao processo do atleta Robson de Souza, o clube não pode entrar no mérito da acusação, pois o processo corre em segredo de Justiça na Itália e sobretudo o Santos FC orgulha-se de, em sua história, sempre respeitar as garantias fundamentais do ser humano, dentre as quais, a presunção da inocência e o respeito ao devido processo legal”, enfatizou. “Ressalta-se ainda que não há condenação definitiva e o atleta responde em liberdade e não será o Santos FC que lhe dará uma sentença antecipada, prejulgando e o impedindo de exercer sua profissão. Como Clube formador, onde o atleta viveu seus melhores momentos, em que teve diversas conquistas, não seria a nossa coletividade a lhe dar as costas e decretar juízo final de valor em um processo com recursos em andamento.”

Os dirigentes voltaram a garantir que são a favor do combate à violência e pedem que ninguém faça uma condenação sem provas. “Não há mudança no posicionamento do Clube em relação ao combate à violência contra a mulher ou outras campanhas que sempre participou neste sentido. São valores irrenunciáveis e que fazem parte da história do legado Alvinegro. Infelizmente vivemos na era dos cancelamentos, da cultura dos tribunais da internet e dos julgamentos tão precipitados quanto definitivos, porém há a certeza que o torcedor do Santos FC entenderá que compete exclusivamente a Justiça realizar o julgamento.”

* Com informações do Estadão Conteúdo

Publicidade
Publicidade